sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Trecho da carta pastoral Comunidades de Comunidades, uma nova paróquia, do Arcebispo de Aracaju-SE, Dom José Palmeira Lessa!

II – PARÓQUIA, ESPAÇO NO QUAL A IGREJA ACONTECE
“As igrejas da Ásia vos saúdam. Áquila e Prisca, bem como a
Igreja que se reúne na casa deles, saúdam-vos efusivamente no
Senhor. Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos com o beijo
santo” (1Cor 16,19-20).
3. “Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia” – Esse foi o tema central
da 51
a Assembleia da CNBB, realizada em Aparecida, de 10 a 19 do mês
de abril deste ano de 2013. Os Bispos do Brasil re# etiram sobre a urgente
necessidade da renovação das nossas comunidades paroquiais, aprofundando
esse tema. Tal renovação pressupõe, por parte de toda a Igreja, uma verdadeira
conversão pastoral e uma nova dinâmica missionária das nossas comunidades
de fé, como nos diz o Documento de Aparecida. Ora, toda conversão
supõe um processo de mudança permanente, que implica o abandono de um
caminho e a escolha de outro. Sendo assim, somos chamados a abandonar
velhas estruturas, que já não mais correspondam às necessidades do tempo
presente no que tange à transmissão da fé e a uma nova evangelização. Esse
processo nos impulsiona a ir além de uma pastoral de mera conservação e
manutenção, abraçando uma pastoral decididamente missionária. Portanto,
fazer da paróquia uma comunidade de comunidades é uma urgência na ação
5
evangelizadora da Igreja no Brasil, tendo em vista uma nova paróquia que seja
decididamente espaço de vivência cristã e de irradiação missionária.
4. Uma autêntica experiência cristã acontece necessariamente no seio de uma
comunidade reunida pelo dom da fé e da vivência do seguimento ao Cristo
Jesus. Os discípulos e os apóstolos do Senhor desde a primeira hora foram
formados em meio à comunidade chamada Igreja. Na história eclesiástica, a
dimensão comunitária da fé foi sendo desenvolvida e se concretizando desde
as Igrejas domésticas, casas nas quais os primeiros cristãos se reuniam para a
oração e a Eucaristia, até chegar à paróquia como a conhecemos nos dias de
hoje.
A Igreja doméstica (Domus Ecclesiae)
5. Na Bíblia grega, aparecem três palavras ligadas à noção de paróquia: o substantivo
paroikía, (estrangeiro, migrante), o verbo paroikein, (viver junto a,
habitar nas proximidades, viver em casa alheia, em peregrinação) e a palavra
paroikós, (vizinho, próximo, que habita junto). Unindo esses três sentidos,
podemos ver que o próprio termo “paróquia” deseja identi' car os cristãos
como peregrinos que estão em movimento, seguindo a Cristo no caminho (cf.
At 16,17). A palavra “paróquia” indica, então, movimento, caminho, pois a
Igreja presente em cada paróquia é a comunidade de ' éis formada por estrangeiros
(cf. Ef 2,19), pelos que estão de passagem (1Pd 1,7) ou, ainda, pelos imigrantes
(1Pd 2,11) ou peregrinos (Hb 11,13) neste mundo. Sempre indicando
que o cristão não está em sua pátria de' nitiva (cf. Hb 13,14), mas deve se
comportar como quem se encontra fora da pátria (cf. 1Pd 1,17). A “paróquia”,
desse modo, é uma “estação” onde se vive de forma provisória, pois o cristão é
caminheiro. Ele segue o caminho da salvação (cf. At 16,17).
6. As primeiras comunidades cristãs, no entanto, não eram conhecidas como
paróquias. Eram na verdade comunidades domésticas, pois se reuniam nas
casas (cf. 1Cor 1, 11; 16, 19). Foi com o aumento dos cristãos que as antigas
comunidades “domésticas” evoluíram para as paróquias. Os cristãos, agora
em grande número, já não se reuniam nas casas, mas numa construção maior,
que congregava toda a vizinhança cristã de um mesmo território sem excluir
nenhum batizado. Essa casa era a “Casa da Igreja”. Daqui nasceram nossas
igrejas paroquiais. Qual foi o problema dessa evolução? O perigo de se perder
a noção de vida cristã como vivência de comunidade, já que agora a Igreja se
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reunia em assembleias bem mais numerosas, sendo assim, massivas e anônimas.
Sentimos esse perigo, hoje, como uma preocupante realidade: nossas paróquias
parecem uma reunião de anônimos, de pessoas que mal se conhecem
e que quase nunca partilham a experiência de vida cristã.
A paróquia como casa
7. No sentido teológico e pastoral, a paróquia é a experiência de Igreja que
acontece ao redor da casa, é, portanto, uma das vivências de Igreja mais próximas
de nós. O Documento de Santo Domingo de' ne a paróquia como a “Casa
de Deus em meio às casas dos homens”. Sendo assim, pode-se a' rmar que a
paróquia é a presença da Igreja de Cristo ali onde as pessoas vivem, habitam;
ela deve ser um ambiente acolhedor e aconchegante, a casa-comunidade onde
os cristãos se encontram, criam laços de fraternidade e familiaridade, pois na
fé, pelo batismo, todos são irmãos, pertencentes à família de Deus. Independente
dos vínculos de território, de moradia ou pertença geográ' ca, a paróquia
vem ser também a casa de acolhida dos peregrinos que transitam pelas
estradas da vida rumo à casa celestial, isto é, vem ser a pátria de' nitiva. Para
cumprir efetivamente seu papel, a paróquia deve ser uma família de famílias,
ou melhor, uma comunidade de comunidades. Isto quer dizer que a paróquia
é o lar dos cristãos, no qual se deve fazer a experiência comunitária de seguir
Jesus Cristo. Sendo assim, devemos fazer das nossas paróquias verdadeiras
casas de Deus e lares dos cristãos, nos quais toda a comunidade de fé possa
sentir-se bem acolhida, criando-se nela um sentimento verdadeiro de estar
num ambiente familiar de aconchego e de pertença, onde cada membro da
comunidade paroquial possa sentir-se amado e acolhido, de maneira personalizada,
e considerar-se verdadeiramente um ' lho de Deus.
8.
A paróquia é a casa da Palavra de Deus – É na comunidade paroquial, enquanto
experiência viva e concreta de ser Igreja, que os discípulos missionários
escutam, acolhem a Palavra do Senhor e buscam vivenciá-la. Assim, a
paróquia, casa dos cristãos, deve ser o ambiente privilegiado onde Deus nos
dirige a sua palavra, sobretudo na sagrada liturgia. Portanto, a paróquia é o
ambiente privilegiado no qual o cristão escuta atentamente a Palavra de Deus
e o Deus da Palavra.
9.
A paróquia também é a casa do Pão – Como já foi dito, a paróquia é a casa
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da Palavra de Deus, onde a família cristã é saciada diariamente com o pão da
Palavra de Deus, sobretudo no âmbito da celebração eucarística. Ora, a paróquia
é, também e principalmente, a casa do Pão Eucarístico. O homem sempre
tem sede e fome de Deus e cabe à Igreja paroquial saciar a todos os homens
e nutri-los com o Pão vivo descido do Céu, que é o próprio Senhor Jesus oferecido
em sacrifício pelos pecados do mundo e dado em comunhão para que
sejamos um só corpo com ele e, nele, tornar-nos cada vez mais Igreja. Assim,
a Igreja faz a Eucaristia e, ao mesmo tempo, a Eucaristia nutre, alimenta e
edi' ca a Igreja.
10.
A Paróquia é a casa da caridade – Os ' éis que pertencem às nossas comunidades
paroquiais devem ser motivados cada dia a testemunharem o amor-
-caridade onde quer que eles estejam, a socorrerem os mais necessitados que
se encontram caídos à beira do caminho, nas “periferias existenciais”, segundo
a expressão cara ao Papa Francisco. Ora, a fé sem obras é morta, adverte-nos
o apóstolo São Tiago. Sendo assim, a caridade que nós praticamos é, na verdade,
a fé colocada em prática, convertida em solidariedade, em amor efetivo,
atuante, testemunho e prolongamento do amor de Cristo no mundo. Assim
como acreditamos que Deus cuida de nós, devemos também nós cuidar dos
nossos irmãos e irmãs que são marginalizados e excluídos da sociedade. Em
cada rosto sofrido, ferido pela pobreza, miséria, nudez, abandono e indigência,
a comunidade paroquial deve, pela fé, contemplar o rosto do Cristo pobre
e abandonado na cruz, recordando que cada irmão sofrido é “carne ferida de
Cristo”, ainda segundo o Papa Francisco.

Fraternidade e Tráfico Humano


Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
No dia 5 de março, em todas as paróquias do Brasil vai ser lançada a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e tráfico humano”. Entre os objetivos está o de conscientizar a sociedade sobre a insensatez do tráfico de pessoas e sobre a sua realidade. Conforme a CNBB, o problema é difícil de ser enfrentado por causa do preconceito e do medo das vítimas, fazendo com que poucas pessoas denunciem os fatos do tráfico.

O período forte da Campanha da Fraternidade é a quaresma, que inicia na quarta-feira de cinzas e termina na Semana Santa. O convite é a conversão em vista de uma melhor vivência do evangelho. É o que expressamos no momento da imposição das cinzas, quando o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”!
A problemática do tráfico humano se manifesta na exploração do trabalho escravo, na prostituição, na adoção ilegal de crianças e na venda de órgãos para o transplante. O Texto Base da CNBB diz que dentre os meios usados para o tráfico de pessoas, o mais comum é o aliciamento. “A pessoa é abordada com uma oferta irrecusável, que lhe promete melhorar de vida”. Os traficantes recrutam pessoas “para atividades como modelos, talentos para o futebol, babás, enfermeiras, garçonetes, dançarinas ou para trabalhar como cortador de cana, pedreiro, peão, carvoeiro, etc.”
O tráfico humano gera uma grande renda aos traficantes, razão pela qual consegue se cercar de diversos profissionais que falsificam documentos, organizam o transporte e a hospedagem das pessoas e subornam as polícias. Se não fosse um negócio lucrativo, não teria êxito. Por isso, a CNBB afirma que “é na idolatria do dinheiro que se encontra a origem do tráfico humano”.
Como cristãos, estamos cientes de que, conforme reza o lema da Campanha da Fraternidade, “é para a liberdade que Cristo nos libertou”. Nenhum ser humano pode ser submetido à exploração ou à escravidão, uma vez que são atentados contra a dignidade da pessoa humana.
Uma das nossas maiores riquezas é a liberdade, e esta é tirada da pessoa quando aliciada pelo tráfico. A Igreja quer ajudar a proteger a liberdade das pessoas e libertar aquelas que foram raptadas ou coagidas pelas falsas promessas do tráfico humano.
Convido, pois, as comunidades, grupos de família e pessoas de boa vontade a nos unirmos nesta grande campanha que é promovida pela Igreja no Brasil. Vamos trabalhar na conscientização das pessoas e ficar alertas para as situações de tráfico que, eventualmente, possam estar ocorrendo no nosso entorno. “Comprometidos na superação deste mal, vivamos como filhos e filhas de Deus, na liberdade e na paz”.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

É carnaval...



Na vida, as coisas parecem já existir desde sempre e para sempre, e se acaba por viver tudo o que acontece ou que aparece na moda, no “auge”. Porém, cada coisa tem seu princípio e seus momentos de transformação. É sempre bom que as perguntas surjam, como aquelas da criança que está descobrindo o mundo:
Quem criou isso?, por que isso existe? E que tal, como se diz na era da informação, navegar um pouco e descobrir como surgiu o carnaval?
História
Sua origem vem de uma manifestação popular anterior à era cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de saturnálias, festa em homenagem a Saturno, divindade da mitologia greco-romana, Baco (deus do vinho) e Momo (deus da graciosidade). Esses dividiam as honras dos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e dezembro.          
Em Roma, era marcada por uma aparente quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos se misturavam em praça pública. Na época ocorriam verdadeiros bacanais. Com o advento do cristianismo, esses festejos foram remanejados para antes quaresma.
Por que Carnaval?
Uma das versões mais aceitas para a origem do termo carnaval está no Dicionário de Frei Domingos Vieira, que define a palavra carnaval como provinda do italiano carne e vale. No dialeto milanês tem carnelevale, do baixo latim, e Carnelevamen de carne e levamen ação de tirar, assim, tempo em que se tira o uso da carne, pois a festa do carnaval é exatamente um dia antes da quarta-feira de cinzas.
A origem no Brasil
Rio de janeiro
No Rio de Janeiro colonial existia uma festa chamada congada do rosário, organizada pelos negros da Igreja Nossa Senhora do Rosário, para homenagear os príncipes do Congo que tornaram-se escravos, ocorria próximo ao Natal, sendo proibida no ano de 1820 pela polícia, pois o desfile acabava em sérios conflitos entre os negros e os capoeiras. Os negros, não se deixando abater, foram-se misturando nos ranchos de reis (festa religiosa em que se celebra a adoração dos reis magos a Jesus Menino), transplantados de Portugal. No final do século XIX, passaram do Natal para o carnaval. É o princípio do carnaval carioca. Aí, se desdobraram em ranchos tradicionais e escolas de samba, sobrevindo o rei e a rainha do Congo, sempre com seus trajes de antigas eras, o que se chama hoje de mestre-sala e porta-bandeira. Os embaixadores e os capoeiras e a música, formaram a bateria, que ainda consta do mesmo instrumental de percussão de origem Anglo-Congolesa.
Na Bahia
O primeiro carnaval de rua de Salvador aconteceu cinco anos antes da Proclamação da República. Era uma festa com grande influência européia, como quase tudo o que existia no Brasil naquela época, com muito luxo, requinte. O ano de 1884 é considerado o primeiro carnaval no estilo de hoje, inclusive com o forte apoio da publicidade utilizada pelos comerciantes da época.
Entre 1895 e 1896 surgem os primeiros AFOXÉS, organizados por negros. Representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras.
Em 1938 surgiu a idéia do trio elétrico, quando Dodô (rádio-técnico, músico e estudioso de eletrônica) e Osmar (inventor e músico), se conheceram tocando em programas de rádio, ao lado de Dorival Caymmi, entre outros nomes já famosos na época. Em 1939, em um Ford – o fobica – equipado com dois alto-falantes, eles se apresentaram nas ruas da cidade como a “dupla elétrica”.
Em Recife
Os festejos, sobretudo a festa de reis, eram organizados pelas chamadas Companhias de Carregadores de Açúcar e as Companhias de Carregadores de Mercadorias, isso no século XVII, que constava de cortejos com caixões e bandeiras.
O frevo, que significa ferver, provém das antigas marchas, maxixes e dobrados; as bandas militares do século passado, bem como as quadrilhas de origem européia.
Uma forte característica do carnaval pernambucano é o Maracatu, que surgiu por volta do século XVIII, dito Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana. Entre os clubes que eram a expressão carnavalesca no período de 1904 a 1912, destacam-se os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M., o último como piada aos homens que não tinham mais virilidade.
No mundo
O atual carnaval é uma mescla entre o carnaval de Veneza e da cidade francesa de Nice, onde ocorrem desfiles de pessoas fantasiadas sobre carros enfeitados, exibindo-se para a platéia, enfeita-se a cidade toda por grandes painéis luminosos com temas carnavalescos; à beira do mar, ocorre o desfile mais importante e diferente: a Parada das Flores. Cerca de vinte carros alegóricos, repletos de flores frescas formando arranjos e mosaicos variados, passam pela avenida e são saudados pela platéia. Todas essas comemorações duram até o mardi gras – a “terça-feira gorda”.
O nome francês da data serviu para batizar uma comemoração americana que só acontece nesse dia, na cidade de Nova Orleans. A festa começou no século XVIII, quando a cidade ainda estava sob o domínio da França. Mantendo muitas de suas características originais, como o desfile de mascarados em carros alegóricos. No entanto, à semelhança do que ocorreu no Rio de Janeiro, ela se contagiou com elementos da cultura negra, muito forte na região. Outra presença da festa são os krewe, blocos de mascarados que dançam a pé pelas ruas.
Personagens do carnaval
MÁSCARAS: O uso das máscaras vem desde o tempo em que se pensava que elas protegiam os foliões de maus espíritos ou transformavam as pessoas em personagens diferentes. Já em Veneza, na Itália, o uso de fantasias no Carnaval surgiu por causa de uma proibição. No século XIII era comum as pessoas andarem mascaradas o tempo todo, aproveitando para fazer o que quisessem, inclusive crimes, sem serem reconhecidas. Por isso, foi decretado que o uso de máscaras seria permitido apenas durante o Carnaval. Se alguém fosse pego fantasiado em qualquer outro dia, seria punido com prisão e chicotadas.
MOMO: Segundo a Mitologia Greco-Romana, o Filho do Sono e da Noite, ocupava-se unicamente em examinar as ações dos deuses e dos homens, e chegava mesmo a repreendê-los. Considerado como deus da Graciosidade, tinha caráter muito jocoso. Era representado com uma máscara numa mão e na outra uma figura ridícula para dar a entender que tira a máscara aos vícios dos homens e ri da sua loucura. Foi eleito juiz das obras de Netuno, de Vulcano e de Minerva: nenhuma achou perfeita. Vituperou Netuno porque, compondo um touro, não lhe pôs chavelhos. Criticou o homem forjado por Vulcano, por não lhe ter feito uma janela no coração para lhe ver os seus secretos pensamentos. Censurou a casa que Minerva edificou, porque a não podia mudar de um lugar para outro.
Segundo a História da Arte: Ator que representava nas farsas populares do antigo teatro. Originário dos bobos encarregados de divertir os amos e senhores portugueses que habitavam os paços reais e as residências nobres com mímicas e farsas populares.
ARLEQUIM: Personagem da antiga comédia italiana (commedia dell’arte) de traje multicor, feito em geral de losangos, que tinha a função de divertir o público, nos intervalos, com chistes e bufonadas, foi posteriormente incorporado como um dos personagens nas peripécias das comédias, transformando-se numa de suas mais importantes personagens. Amante da Colombina. Farsante, truão, fanfarrão, brigão, amante, cínico.
COLOMBINA: Principal personagem feminina da commedia dell’arte (comédia de arte), amante do Arlequim e companheira do Pierrô. Namoradeira, alegre, fútil, bela, esperta, sedutora e volúvel. Vestia-se de seda ou cetim branco, saia curta e usava um bonezinho.
PIERRÔ: Personagem também originário da commédia dell’arte, ingênuo e sentimental. Usava como indumentária calça e casaco muito amplos, ornada com pompons e de grande gola franzida.
Gigliola Martins de Sena

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Uma renovação eclesial inadiável (Evangelii Gaudium)


27. Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo actual que à auto-preservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de «saída» e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade. Como dizia João Paulo II aos Bispos da Oceânia, «toda a renovação na Igreja há-de ter como alvo a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial».[25]
28. A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser «a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas».[26] Isto supõe que esteja realmente em contacto com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração.[27] Através de todas as suas actividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização.[28] É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário. Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão.
29. As outras instituições eclesiais, comunidades de base e pequenas comunidades, movimentos e outras formas de associação são uma riqueza da Igreja que o Espírito suscita para evangelizar todos os ambientes e sectores. Frequentemente trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja. Mas é muito salutar que não percam o contacto com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular.[29] Esta integração evitará que fiquem só com uma parte do Evangelho e da Igreja, ou que se transformem em nómades sem raízes.
30. Cada Igreja particular, porção da Igreja Católica sob a guia do seu Bispo, está, também ela, chamada à conversão missionária. Ela é o sujeito primário da evangelização,[30] enquanto é a manifestação concreta da única Igreja num lugar da terra e, nela, «está verdadeiramente presente e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica».[31] É a Igreja encarnada num espaço concreto, dotada de todos os meios de salvação dados por Cristo, mas com um rosto local. A sua alegria de comunicar Jesus Cristo exprime-se tanto na sua preocupação por anunciá-Lo noutros lugares mais necessitados, como numa constante saída para as periferias do seu território ou para os novos âmbitos socioculturais.[32] Procura estar sempre onde fazem mais falta a luz e a vida do Ressuscitado.[33] Para que este impulso missionário seja cada  vez mais intenso, generoso e fecundo, exorto também cada uma das Igrejas particulares a entrar decididamente num processo de discernimento, purificação e reforma.
31. O Bispo deve favorecer sempre a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes tinham um só coração e uma só alma (cf. Act 4, 32) . Para isso, às vezes pôr-se-á à frente para indicar a estrada e sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que se atrasaram e sobretudo porque o próprio rebanho possui o olfacto para encontrar novas estradas. Na sua missão de promover uma comunhão dinâmica, aberta e missionária, deverá estimular e procurar o amadurecimento dos organismos de participação propostos pelo Código de Direito Canónico [34] e de outras formas de diálogo pastoral, com o desejo de ouvir a todos, e não apenas alguns sempre prontos a lisonjeá-lo. Mas o objectivo destes processos participativos não há-de ser principalmente a organização eclesial, mas o sonho missionário de chegar a todos.
32. Dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado. Compete-me, como Bispo de Roma, permanecer aberto às sugestões tendentes a um exercício do meu ministério que o torne mais fiel ao significado que Jesus Cristo pretendeu dar-lhe e às necessidades actuais da evangelização. O Papa João Paulo II pediu que o ajudassem a encontrar «uma forma de exercício do primado que, sem renunciar de modo algum ao que é essencial da sua missão, se abra a uma situação nova».[35] Pouco temos avançado neste sentido. Também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal precisam de ouvir este apelo a uma conversão pastoral. O Concílio Vaticano II afirmou que, à semelhança das antigas Igrejas patriarcais, as conferências episcopais podem «aportar uma contribuição múltipla e fecunda, para que o sentimento colegial leve a aplicações concretas».[36] Mas este desejo não se realizou plenamente, porque ainda não foi suficientemente explicitado um estatuto das conferências episcopais que as considere como sujeitos de atribuições concretas, incluindo alguma autêntica autoridade doutrinal.[37] Uma centralização excessiva, em vez de ajudar, complica a vida da Igreja e a sua dinâmica missionária.
33. A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cómodo critério pastoral: «fez-se sempre assim». Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objectivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades. Uma identificação dos fins, sem uma condigna busca comunitária dos meios para os alcançar, está condenada a traduzir-se em mera fantasia. A todos exorto a aplicarem, com generosidade e coragem, as orientações deste documento, sem impedimentos nem receios. Importante é não caminhar sozinho, mas ter sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia dos Bispos, num discernimento pastoral sábio e realista.

Homilia do Santo Padre, na Missa com os novos Cardeais.


Index
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Domingo, 23 de Fevereiro de 2014

«A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito» (Colecta).
Esta oração, pronunciada no início da Missa, convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta do Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. Com a sua força criativa e renovadora, o Espírito sustenta sempre a esperança do povo de Deus que caminha na história, e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, todos nós, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito que nos fala através das Escrituras proclamadas.
Na primeira Leitura, ressoou este apelo do Senhor ao seu povo: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» (Lv 19, 2). E faz-lhe eco, Jesus, no Evangelho: «Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Estas palavras interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, queridos Irmãos Cardeais, de modo particular a vós que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício. Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, todos nós…, lembremo-nos de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! A santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – ao Espírito do Deus três vezes Santo.
O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (...). Não vos vingueis; não guardeis rancor (...). Amai o vosso próximo» (19, 17-18). Estas atitudes nascem da santidade de Deus. Nós, porém, habitualmente somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos... e no entanto a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia. Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós – especialmente vós, Cardeais, e eu – devemos fazer. Conversão!
No Evangelho, também Jesus nos fala da santidade e explica a nova lei – a sua. Fá-lo através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (...) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5, 38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente.
A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (5, 43-44). A quem quer segui-Lo, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades e no mundo. Irmãos Cardeais, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele usou e usa cada dia connosco. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. Isto é o que o Senhor nos pede.
Queridos Irmãos Cardeais, o Senhor Jesus e a mãe Igreja pedem-nos para testemunharmos, com maior zelo e ardor, estas atitudes de santidade. É precisamente neste suplemento de oblatividade gratuita que consiste a santidade de um Cardeal. Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não o mereça; não aspiremos a fazer–nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito de Cristo: Ele sacrificou-Se a Si próprio na cruz, para podermos ser «canais» por onde passa a sua caridade. Este é o comportamento, esta é deve ser a conduta de um Cardeal. O Cardeal – digo-o especialmente a vós – entra na Igreja de Roma, Irmãos, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferências. A nossa linguagem seja a do Evangelho: «Sim, sim; não, não»; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade. Rezemos mais uma vez: «A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito».
O Espírito Santo fala-nos, hoje, também através das palavras de São Paulo: «Sois templo de Deus (…); o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós» (1 Cor 3, 16-17). Neste templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço; numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos, é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmão, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim.
Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, uni-vos na invocação do Espírito Santo, para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais inflamado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.

Homilia do Santo Padre, na Missa com os novos Cardeais.

 

Index
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Domingo, 23 de Fevereiro de 2014

«A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito» (Colecta).
Esta oração, pronunciada no início da Missa, convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta do Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. Com a sua força criativa e renovadora, o Espírito sustenta sempre a esperança do povo de Deus que caminha na história, e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, todos nós, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito que nos fala através das Escrituras proclamadas.
Na primeira Leitura, ressoou este apelo do Senhor ao seu povo: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» (Lv 19, 2). E faz-lhe eco, Jesus, no Evangelho: «Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Estas palavras interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, queridos Irmãos Cardeais, de modo particular a vós que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício. Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, todos nós…, lembremo-nos de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! A santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – ao Espírito do Deus três vezes Santo.
O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (...). Não vos vingueis; não guardeis rancor (...). Amai o vosso próximo» (19, 17-18). Estas atitudes nascem da santidade de Deus. Nós, porém, habitualmente somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos... e no entanto a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia. Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós – especialmente vós, Cardeais, e eu – devemos fazer. Conversão!
No Evangelho, também Jesus nos fala da santidade e explica a nova lei – a sua. Fá-lo através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (...) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5, 38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente.
A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (5, 43-44). A quem quer segui-Lo, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades e no mundo. Irmãos Cardeais, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele usou e usa cada dia connosco. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. Isto é o que o Senhor nos pede.
Queridos Irmãos Cardeais, o Senhor Jesus e a mãe Igreja pedem-nos para testemunharmos, com maior zelo e ardor, estas atitudes de santidade. É precisamente neste suplemento de oblatividade gratuita que consiste a santidade de um Cardeal. Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não o mereça; não aspiremos a fazer–nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito de Cristo: Ele sacrificou-Se a Si próprio na cruz, para podermos ser «canais» por onde passa a sua caridade. Este é o comportamento, esta é deve ser a conduta de um Cardeal. O Cardeal – digo-o especialmente a vós – entra na Igreja de Roma, Irmãos, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferências. A nossa linguagem seja a do Evangelho: «Sim, sim; não, não»; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade. Rezemos mais uma vez: «A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito».
O Espírito Santo fala-nos, hoje, também através das palavras de São Paulo: «Sois templo de Deus (…); o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós» (1 Cor 3, 16-17). Neste templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço; numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos, é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmão, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim.
Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, uni-vos na invocação do Espírito Santo, para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais inflamado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A caminho da Páscoa

Na próxima semana entraremos no tempo da Quaresma – sempre é único e especial esse momento da liturgia. Necessitamos de um espaço para olhar a nossa vida e buscar acolher a graça de Deus que nos convida a sermos novos. A oração, penitência, jejum, esmola, lectio divina, confissão sacramental, reflexões, confissões fazem parte deste tempo, juntamente com uma sobriedade na liturgia (sem o hino do Glória, a aclamação do Aleluia, as flores e sem solenizar demais as celebrações), procurando concentrar naquilo que é essencial em nossas vidas.
Todos nós necessitamos de um tempo de reflexão e mudança. Durante o ano tantas situações vão se sucedendo e colocando-nos muitas vezes fora do caminho do Senhor. Os 40 dias que tornam presentes os dias de Jesus no deserto, e também os anos do povo de Deus na caminhada do Êxodo, saindo das escravidões para a vida nova, passando pelo Mar Vermelho e celebrando a aliança com Deus, nos recordam que é tempo de renovar nossa vida batismal e nossa aliança com o Senhor. Para isso há este tempo de contrição que deve conduzir-nos a uma nova vida – eis que tudo passou e se fez novo, queremos cantar e anunciar!
É também um tempo de especial preparação para a grande festa da Páscoa. A Santa Igreja celebra todos os anos os mesmos tempos e festas previstos no seu Ano Litúrgico para atualizar a salvação, fazendo-a crescer sempre mais nos corações. Neste ano a celebração do tempo quaresmal deve trazer novidades para o incremento da vida cristã, a fim de que a celebração pascal produza abundantes frutos em nossa existência individual e comunitária. Deus é quem possibilita que sejamos sempre mais. A cada ano, o Amor divino quer nos atrair para mais perto de si. A vida humana e cristã é essencialmente dinâmica porque Deus, nosso Criador e Salvador, é a força que nos impulsiona e nos estimula a crescer cada vez mais. Nossa caminhada não pode parar enquanto não repousarmos plenamente em Deus.
A Quaresma quer ser para nós um tempo especial, um tempo de verdadeira graça e conversão. O importante é que não deixemos que este tempo favorável passe em vão. Lembremo-nos de que neste mundo tudo muda. Se não mudarmos para melhor, se não avançarmos, começamos a regredir, porque nada sob o tempo permanece imutável. O período quaresmal quer ser, então, um tempo especial de mudança para melhor. Muitos são os exercícios de piedade que podemos fazer durante o tempo quaresmal. A via-sacra é um deles. A meditação do caminho sagrado percorrido por Jesus é apta a despertar em nós o amor que levou o Filho de Deus a entregar-se ao Pai e aos homens. Mas há muitas outras formas de viver bem a Quaresma. Devemos aprender a orientar nossos desejos. A Igreja sempre recomendou a penitência e o jejum como meio de educação da vontade e das paixões. Uma vontade firme e bem decidida é capaz de realizar maravilhas, com a ajuda, indispensável e fundamental, da graça de Deus. O homem que não orienta bem as suas paixões acaba tornando-se escravo delas. Muito pode ajudar-nos nessa tarefa de educação da vontade e orientação das paixões a frequência ao sacramento da penitência ou da confissão. Nesse sacramento acontece um verdadeiro diálogo de salvação, através do qual Deus nos liberta do peso das faltas e nos dá novo vigor ao espírito. Que a penitência, da qual o bom cristão não pode descuidar, seja uma marca de nossa caminhada quaresmal.
Jamais podemos nos esquecer da vida de oração. A oração é comunhão com Deus, é intimidade com Ele, é fonte de bênçãos incontáveis. Jesus é o grande mestre e modelo de vida orante. A Escritura nos diz que o Salvador passava noites inteiras em oração. Na Quaresma podemos intensificar nossa vida de oração e de comunhão com Deus. Devemos saber que nossa oração deve ser orientada por tudo aquilo que Jesus nos revelou. Uma oração bem feita nunca deixa de lado a Palavra de Deus, que é constantemente explicada e atualizada pelos ensinamentos da Igreja. Deus nos amou por primeiro. Ele nos falou por Jesus Cristo. A oração é resposta ao amor e à Palavra de Deus.
O mandamento do Amor deve ser a grande luz a iluminar-nos o caminho quaresmal. Nós amamos porque, antes, fomos amados por Deus. O nosso amor cristão é sempre uma expressão do amor que recebemos da Trindade Santíssima.
Durante a Quaresma, há uma boa maneira de nos ajudar a descobrir a necessidade de conversão. A Igreja Católica no Brasil celebra a Campanha da Fraternidade a fim de estimular práticas bem concretas de amor ao próximo e de mudança de mentalidade. Este ano a Campanha foi elaborada pelo Conic. As CFs sempre foram ecumênicas e dirigidas a toda a sociedade, e agora versa sobre a economia. O tema figura assim: Economia e vida; e o lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24c). O objetivo é o seguinte: Unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz”. De fato, o mundo da economia não pode ser regido somente pela sede de lucros. Uma quota de gratuidade deve sempre existir como expressão de reconhecimento da dignidade de cada pessoa. Uma economia que tem em vista o lucro a qualquer custo só pode gerar exclusões e misérias, e, como tal, não é digna do homem. A economia deve existir para o bem do homem, não o contrário. As nossas reuniões de grupo, de comunidades, círculos bíblicos, juntamente com as reflexões litúrgicas, irão aprofundar esse tema importante e necessário. No domingo de Ramos iremos entregar em nossas comunidades o dinheiro fruto de nossas penitências quaresmais para a Campanha da Solidariedade, que o utilizará para projetos sociais na Arquidiocese e na Igreja do Brasil.
Com a Quarta-feira de Cinzas entramos neste tempo, reconhecendo que somos pecadores necessitados de conversão. Infelizmente, a nossa sociedade não se preocupa em guardar o tempo quaresmal, mas cabe a nós, católicos, fazê-lo de tal forma que seja realmente vivenciado e propício para a renovação de nossas vidas.
Por fim, o meu desejo, que agora expresso de todo o coração, é que esta Quaresma nos prepare, de fato, para celebrar dignamente a Páscoa do Senhor. Nada como romper o Aleluia pascal com o coração purificado, a mente elevada a Deus e o olhar direcionado ao irmão. Que a vitória do Ressuscitado sobre o pecado e a morte seja também a nossa vitória!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O que é Seita?

 

Seita é um termo que deriva do latim "secta" cujo significado é seguidor. O termo é utilizado para designar um grupo numeroso de uma determinada corrente religiosa, filosófica ou política que se destaca da doutrina principal. Sectário é um termo que designa o indivíduo que faz parte de uma seita. Uma seita pode também ser considerada uma "divisão", "partido" ou "facção".
Informalmente, o termo pode ser utilizado para definir qualquer grupo organizado de pessoas que defendam as mesmas ideias ou tenham causas em comum.
A palavra seita vem da mesma palavra grega que a palavra heresia. Essa palavra é háiresis, que em grego significa escolha, tomar partido, corrente de pensamento, escola, etc. Quando a palavra háiresis passou para latim, transformou-se em secta.
Em muitos casos, a palavra "seita" serve para descrever uma divisão ocorrida no cristianismo. No entanto, como seita designa um conjunto de seguidores, pode ser que existam boas doutrinas e cristãos genuínos, porque o conceito de seita é ambíguo. Aquilo que hoje é considerado como seita, amanhã pode ser considerado como a corrente religiosa principal, e vice-versa.
Para muitas pessoas o termo seita tem um sentido pejorativo, graças ao fanatismo de algumas pessoas. Por exemplo, em Março de 1997, 39 seguidores de uma seita chamada Heaven's Gate (Portão do Céu, em português), cometeram suicídio em massa porque acreditavam que desta forma se libertariam dos seus recipientes humanos e patiriam para uma viagem numa nave espacial.
São esses tipos de exemplos e que dão o sentido negativo à palavra seita. Por esse motivo, alguns líderes religiosos afirmam que uma seita é uma distorção religiosa que apresenta doutrinas falsas.

Papa Bento XVI presente no primeiro consistório do Papa Francisco

 


A maior surpresa da cerimónia de hoje(22/02) de manhã na Basílica de São Pedro foi a presença do Papa Bento XVI.

Neste dia da Cátedra de São Pedro, a Igreja ganhou 19 novos Cardeais (16 deles eleitores), vindos de várias partes do mundo. O novo Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, foi escolhido para dirigir algumas palavras no início da cerimónia, com as quais agradeceu ao Papa Francisco a confiança depositada nestes novos cardeais e reflectiu sobre as obrigações que advêm com a honra recebida.

No entanto, no início do seu discurso, agradeceu a presença do Papa Bento XVI, que de seguida foi aplaudido por toda a Basílica Vaticana. Quando renunciou ao papado, há cerca de 1 ano, Bento XVI deu a entender que desapareceria da cena pública, vivendo em clausura no Mosteiro Mater Ecclesiae, dentro dos muros do Vaticano.

Mas com o passar do tempo, e a notável melhora das suas capacidades físicas, o Papa Bento XVI tem sido visto cada vez mais vezes e hoje, para surpresa de muitos, esteve presente no primeiro consistório do Papa Francisco.

São momentos históricos estes que presenciamos, e seriam impensáveis ainda há poucos anos atrás. Veremos o que mais nos reserva esta situação invulgar de termos um Papa "activo" e outro "passivo".

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Amor e castidade!

 

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“Tanto o amor virginal como o amor conjugal que são, como diremos mais adiante, as duas formas pelas quais se realiza a vocação da pessoa ao amor, requerem para o seu desenvolvimento o empenho em viver a castidade, para cada um conforme ao próprio estado. A sexualidade — como diz o Catecismo da Igreja Católica — « torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo, por inteiro e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher ». É óbvio que o crescimento no amor, enquanto implica o dom sincero de si, é ajudado pela disciplina dos sentimentos, das paixões e dos afectos que nos faz chegar ao autodomínio. Ninguém pode dar aquilo que não possui: se a pessoa não é senhora de si — por meio da virtude e, concretamente, da castidade — falta-lhe aquele autodomínio que a torna capaz de se dar. A castidade é a energia espiritual que liberta o amor do egoísmo e da agressividade. Na medida em que, no ser humano, a castidade enfraquece, nessa mesma medida o seu amor se torna progressivamente egoísta, isto é, a satisfação de um desejo de prazer e já não dom de si.”
Fonte: “Sexualidade Humana: verdades e significados.”

Catequese sobre o Sacramento da Reconciliação


Index
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2014




Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Através dos Sacramentos da iniciação cristã, do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Pois bem, todos nós sabemos que trazemos esta vida «em vasos de barro» (2 Cor 4, 7), ainda estamos submetidos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, até podemos perder a nova vida. Por isso, o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também a favor dos próprios membros, em particular com os Sacramentos da Reconciliação e da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de «Sacramentos de cura». O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando me confesso é para me curar, para curar a minha alma, o meu coração e algo de mal que cometi. O ícone bíblico que melhor os exprime, no seu vínculo profundo, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela médico das almas e, ao mesmo tempo, dos corpos (cf. Mc 2, 1-12; Mt 9, 1-8; Lc 5, 17-26).
O Sacramento da Penitência e da Reconciliação brota directamente do mistério pascal. Com efeito, na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos, fechados no cenáculo e, depois de lhes dirigir a saudação: «A paz esteja convosco!», soprou sobre eles e disse: «Recebei o Espírito Santo! A quantos perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20, 21-23). Este trecho revela a dinâmica mais profunda contida neste Sacramento. Antes de tudo, a constatação de que o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos. Não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão é pedido a outra pessoa, e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche do lavacro de misericórdia e de graça que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos que só se nos deixarmos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos, conseguiremos verdadeiramente alcançar a paz. E todos nós sentimos isto no coração, quando nos confessamos com um peso na alma, com um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus, alcançamos a paz, aquela paz da alma tão boa que somente Jesus nos pode dar, só Ele!
Ao longo do tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública — porque no início era feita publicamente — para a pessoal, para a forma reservada da Confissão. Contudo, isto não deve fazer-nos perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital. Com efeito, a comunidade cristã é o lugar onde o Espírito se torna presente, que renova os corações no amor de Deus, fazendo de todos os irmãos um só em Cristo Jesus. Eis, então, por que motivo não é suficiente pedir perdão ao Senhor na nossa mente e no nosso coração, mas é necessário confessar humilde e confiadamente os nossos pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa apenas Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um dos seus membros, que ouve comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com eles, os anima e acompanha ao longo do caminho de conversão e de amadurecimento humano e cristão. Podemos dizer: eu só me confesso com Deus. Sim, podes dizer a Deus «perdoa-me», e confessar os teus pecados, mas os nossos pecados são cometidos também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso, é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. «Mas padre, eu tenho vergonha...». Até a vergonha é boa, é saudável sentir um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é bom. Quando uma pessoa não se envergonha, no meu país dizemos que é um «sem-vergonha»: um «sin verguenza». Mas até a vergonha faz bem, porque nos torna mais humildes, e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e, em nome de Deus, perdoa. Até do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que pesam muito no nosso coração. E assim sentimos que desabafamos diante de Deus, com a Igreja e com o irmão. Não tenhais medo da Confissão! Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos tudo isto, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, grandes, bons, perdoados, puros e felizes. Esta é a beleza da Confissão! Gostaria de vos perguntar — mas não o digais em voz alta; cada um responda no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto... Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso que os sacerdotes, Jesus receber-te-á com muito amor. Sê corajoso e vai confessar-te!
Caros amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido por um abraço caloroso: é o abraço da misericórdia infinita do Pai. Recordemos aquela bonita parábola do filho que foi embora de casa com o dinheiro da herança; esbanjou tudo e depois, quando já não tinha nada, decidiu voltar para casa, não como filho, mas como servo. Ele sentia muita culpa e muita vergonha no seu coração! Surpreendentemente, quando ele começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar mas abraçou-o, beijou-o e fez uma festa. E eu digo-vos: cada vez que nos confessamos, Deus abraça-nos, Deus faz festa! Vamos em frente por este caminho. Deus vos abençoe!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Poderoso Deus (Tony Alysson)

Sopra Espírito de "Deus",sobre o clamor da Igreja.
Libera tua unção de milagre, sobre nós.
Queremos ver, sinais da manifestação do teu poder
Pois quem crer verá, a glória do Senhor acontecer.

Poderoso Deus e Rei,
libera a tua unção de cura nesse lugar.
Poderoso Deus e Rei,
libera a tua unção de cura nesse lugar

Sopra Espírito de Deus, sobre o clamor da Igreja
Libera tua unção de milagre, sobre nós.
Queremos ver sinais, da manifestação do teu poder.
Pois quem crer verá, a glória do Senhor acontecer.

Poderoso Deus e Rei,
Libera a tua unção de cura nesse lugar
Poderoso Deus e Rei,
Libera a tua unção de cura nesse lugar.

Incendeia Senhor a tua Igreja
Incendeia Senhor a tua Igreja
Poderoso Deus.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Por que devo ler a vida dos Santos?

Os Santos são os verdadeiros discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. As vidas desses homens e mulheres são a doutrina e os ensinamentos da Santa Igreja postos em prática e por isso as vidas dos santos são os modelos que temos para conhecer e imitar, para nossa salvação.
Porém, os que hoje são santos eram, outrora, pessoas como nós, que tiveram problemas e dificuldades para vencerem. Os Santos muitas vezes tiveram tentações, alguns caíram no pecado e, inclusive, alguns deles foram grandes pecadores, como Santo Agostinho.
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E como essas pessoas alcançaram a santidade? Como venceram a ira, a indolência, a inveja, os maus desejos e todas as demais tentações? Em suma – sejam jovens ou velhos, religiosos ou seculares, pais ou mães de família, meninos ou meninas –, que medidas empregaram para se protegerem do mal, se fortalecerem, se santificarem, progredir, vencer e triunfar?
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Ao ler a vida dos Santos, encontramos as respostas para todas essas indagações. Melhor ainda, a leitura de suas vidas, junto com a leitura do Catecismo e do Santo Evangelho (submetido, sempre, à interpretação da Santa Igreja) nos fortalecerá, iluminará, instruirá e nos ajudará a sermos verdadeiros católicos, dando paz à nossa alma, apesar dos inúmeros tormentos e dificuldades da vida.
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Importância da leitura da vida dos santos na vida familiar
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Os católicos dos séculos passados, que conheciam o valor e a importância da leitura da vida dos santos, faziam às vezes enormes sacrifícios para estudar a vida dos Mártires e dos Santos, e, assim, constituíam um sólido patrimônio intelectual católico para seus filhos.
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Não devemos esquecer jamais que os Santos são os heróis defensores do cristianismo; os melhores filhos da Igreja, na prática das virtudes, e os vencedores do mundo, da carne e do demônio. A eles é a quem devemos conhecer, imitar e seguir, e não aos protagonistas corruptos da televisão e do cinema, ou aos músicos profanos e ateus, ou a qualquer outro tipo de ídolo.
As famílias católicas se reuniam após o jantar, rezavam juntos e liam a cada dia algumas páginas das vidas dos Santos e do Catecismo. Esta leitura cotidiana alimentava as inteligências, fortificava a vontade, inflamava seu selo, os colocava em guarda contra as fraudes e mentiras do demônio e de seus servos, unia os membros da mesma família, formava jovens virtuosos, obedientes, fortes contra o mal e ufanos de serem católicos, filhos de Deus e herdeiros do Céu, a tal ponto que diziam: “antes morrer que pecar” (São Domingos Sávio).
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Frutos da boa leitura
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Esta leitura produziu Santos e fez famílias felizes. Bem-aventurados os pais que dão a seus filhos o hábito de ler a vida dos campeões da Fé: terão filhos e netos santos! Assim, Santa Teresa de Jesus, quando era criança, ao ler a vida dos Santos com seu irmão, se entusiasmou pela felicidade do Céu e finalmente chegou a ele gloriosamente [1].
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Bem-aventurados os pais que defendem seus filhos e netos, fechando as portas de suas casas aos malvados e corruptos, aos vícios, às impurezas e às mentiras! Bem-aventurados os pais que elegem bons companheiros e modelos de vida para seus filhos, pois as crianças tendem a imitar tudo em todos! .
“Diga-me com quem andas, e te direi quem és”. Se vós pais, começarem a ler para seus filhos, ainda pequenos, a vida dos Santos, sentir-se-ão, vós e eles, movidos por estes heróis e, consciente ou inconscientemente, tratarão de imitar suas virtudes de fortaleza, trabalho, obediência e respeito a si e aos demais.
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Muitos pecadores se converteram e se tornaram, por sua vez, Santos, ao imitarem os bons exemplos dos Santos cuja vida liam; e outros homens estão, por desgraça, no inferno por haverem lido ou visto coisas pecaminosas.
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Certamente alguns de nós conhecemos o caso do soldado espanhol Íñigo López. Ferido, preso ao seu leito de sofrimento, Íñigo (o Santo Inácio de Loyola) leu a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos Santos. Esta frequente leitura o converteu e o fez descobrir a verdadeira sabedoria, fazendo dele, mediante os Exercícios Espirituais e a Companhia de Jesus, o maior defensor da Fé Católica ante a nascente heresia protestante.
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A boa leitura é uma escola de santificação
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Quer vencer o pecado, saber como santificar o sofrimento, viver cristãmente, salvar a alma, ser católico militante que ajuda seus irmãos e vencer e alcançar a salvação? Leia e faça que os outros leiam a vida dos santos e dos Mártires.
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Leia a Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, a Introdução à Vida Devota (Filotéia), de São Francisco de Sales, a Vida de São João Bosco, a de São Domingos Sávio, São Pio X, Santa Mônica, As Glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de Ligório, etc. (veja indicação no final).
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O mal e as seitas aumentam hoje em dia porque há católicos ignorantes, que são seus principais alvos; “cadáveres” ambulantes, que permitem o envenenamento de si mesmos e de suas famílias, ao invés de se formarem – a si e aos seus – lendo bons livros.
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Os Santos nos falam da leitura
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Veja o que fizeram os Santos: Santo Afonso respondeu a umas religiosas que lhe pediam auxílio, enviando numerosos livros que lhes ajudariam a santificar-se melhor [2]. O mesmo Santo Afonso escreveu: “Não tenho condição, porém se pudesse, imprimiria tantos exemplares deste pequeno livro (O Grande Meio da Oração) quanto há de fiéis vivos no mundo, e distribui-los-ia a todos, para que compreendam a grande necessidade da oração para nos salvarmos” [3].
Há excelentes versões apropriadas para crianças.
Os Santos devem ser seus heróis, e não tantos personagens de ficção,
de duvidosos valores morais.
Os pais devem velar pelas boas leituras de seus filhos.
O Santo Cura d’Ars lia todos os dias a vida do santo de cada dia, e dizia: “Leiamos sobretudo a vida de algum santo, donde veremos o que eles faziam para se santificar; isto nos alentará” [4].
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 Santo Antônio Maria Claret dizia: “Ao considerar o bem tão grande que trouxe à minha alma a leitura dos bons e piedosos livros, tal é a razão pela qual procuro dar tão profusamente livros do mesmo estilo, esperando que deem em meus próximos, os quais tanto amo, os mesmos felizes resultados que deram em minha alma” [5].
Clique na imagem para ir para o site O Livro Católico, que indica excelentes livros de santos e devoções com aprovações da Santa igreja
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O mesmo Santo acrescenta: “O bem que se pode receber da leitura de um bom livro não se pode calcular, e sendo esta a melhor esmola que se pode dar, certamente receberá de Deus um prêmio centuplicado na vida eterna” [6].
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Diante da inércia e da preguiça de alguns católicos, Santo Antonio Maria Claret se queixava: “Até quando serão mais prudentes e diligentes os filhos das trevas que os filhos da luz? (Lc XVI, 8). Se os ímpios o fazem para perverter, por que não fazemos nós igualmente para conservar e aumentar a piedade dos fiéis?” [7].
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Para manter o povo na fé católica e rejeitar o veneno dos hereges, Santo Antonio Maria Claret escreveu a um amigo seu:
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“Dou contínuas graças a Deus e a vós pelo zelo que veio a lhe animar para fazer circular os bons escritos, e que não sejam mais prudentes e solícitos os filhos das trevas em fazer circular seus pestíferos erros escritos que os filhos da luz em fazer correr os saudáveis escritos” (carta nº 19).
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O que fazer para combater as seitas? “Convém que saiam bons livros, muitos, e a baixo preço, e que se estendam por toda a Espanha [país de Santo Antonio Maria Claret]” (carta nº 23). Por que não dizer a mesma coisa para nossa nação?
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A boa leitura nos ajuda a sermos bons
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A leitura dos bons livros produz uma mudança de costumes, união na família, cumprimento dos deveres de estado, respeito e caridade para com o próximo; nos faz amar a virtude e rejeitar os vícios; nos impulsiona para o bom, o verdadeiro, o eterno, e para a santidade, que é a fonte da felicidade e de todos os bens.
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Portanto, quem quiser ser um verdadeiro católico, deve ler a vida dos Santos e meditar seus exemplos, já que são estrelas brilhantes e ardentes que iluminam nosso coração.
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Não há melhor leitura para chegar à virtude como a leitura da vida dos Santos. A leitura da vida dos Santos é um arsenal onde encontramos todas as armas para vencer os inimigos da salvação e domar nossas paixões; a vida dos Santos é uma “farmácia espiritual” na qual encontramos todos os remédios para curar todas as enfermidades da alma.
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Na vida dos Santos encontramos força, paciência, caridade, justiça, bons exemplos e verdadeira vida de família católica. Dessa forma, quem quiser salvar a si e à sua família deve ler e fazer com que leiam as vidas dos Santos, oferecendo-as a seus filhos, netos e amigos.
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Sigamo-los, pois, e ajudemos os demais a também segui-los. Sigamos nossos heróis; façamos o que eles faziam e, como eles, triunfaremos com a graça de Deus.
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Notas
 [1] The Autobiography of St. Teresa of Avila, ch. 1, n. 5
[2] The Way of Saint Alphonsus Liguori:Selected Writings on the Spiritual Life, Liguori Publications, 1999
[3] A Short Treatise On Prayer: The GreatMeans Of Obtaining From God Eternal Salvation And All The Graces Of Which WeStand In Need, Preface
[4] Sermons of The Cure of Ars, TAN Books and Publishers, 1995
[5] The autobiography of St. Anthony MaryClaret, TAN Books, 1989
[6] Ibidem
[7] Ibidem
Fonte: http://blog.christifidei.com/

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Liturgia é coisa séria!

A Liturgia é um culto prestado a Deus porque Ele é Deus! O interesse é Deus, o centro é Deus!
Reforma da Igreja da Serra do Machado
Orai sem cessar I
Missa em ação de graças pelo ano transcorrido
"Miados inafáveis", pelo professor Carlos Ramalhete
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE ABRIL DE 2010

Gestos e posições do povo na Missa
Por Lucas Cardoso da Silveira Santos
Fonte: www.adoremus.org
Tradução: Lucas Cardoso da Silveira Santos

Ritos Iniciais

Fazer o sinal da Cruz com água benta (sinal do batismo) ao entrar na igreja.

Fazer genuflexão ao sacrário contendo o Santíssimo Sacramento, e ao altar do Sacrifício, antes de se dirigir ao banco. (Se não houver sacrário no presbitério, ou se este não for visível, fazer inclinação profunda ao altar antes de se dirigir ao banco.)

Ajoelhar-se ao chegar no banco para oração privada antes do início da Missa.

Ficar de pé para a procissão de entrada.

Fazer inclinação de cabeça quando o crucifixo, sinal visível do sacrifício de Cristo, passar em procissão. (Se houver um bispo, fazer inclinação quando ele passar, como sinal de reconhecimento da sua autoridade da Igreja e de Cristo como pastor do seu rebanho.)

Permanecer de pé para os ritos iniciais. Fazer o sinal da Cruz junto com o sacerdote no começo da Missa.

Bater no peito ao “mea culpa(s)” (“por minha culpa, minha tão grande culpa”) no Confiteor.

Fazer inclinação de cabeça e o sinal da Cruz quando o sacerdote disser “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós...”

Fazer inclinação de cabeça ao dizer o “Senhor, tende piedade de nós” no Kyrie.

Se houver o Rito da Aspersão (Asperges), fazer o sinal da Cruz quando o padre aspergir água em sua direção.

Durante a Missa, fazer inclinação de cabeça a cada menção do nome de Jesus e a cada vez que a Doxologia [“Glória ao Pai...”] for rezada ou cantada. Também quando pedir que o Senhor receba a nossa oração. (“Senhor, escutai a nossa prece” etc, e ao fim das orações presidenciais: “Por Cristo nosso Senhor” etc.)

Gloria: fazer inclinação de cabeça ao nome de Jesus. (“Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito...”, “Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo...”)

Liturgia da Palavra

Sentar-se para as leituras da Sagrada Escritura.

Ficar de pé para o Evangelho ao verso do Alleluia.

Quando o ministro anunciar o Evangelho, traçar o sinal da Cruz com o polegar na cabeça, nos lábios e no coração. Esse gesto é uma forma de oração para pedir a presença da Palavra de Deus na mente, nos lábios e no coração.

Sentar-se para a homilia.

Credo: De pé; fazer inclinação ao nome de Jesus; na maioria dos Domingos durante o Incarnatus (“e se encarnou pelo Espírito Santo... e se fez homem”); nas solenidades do Natal e da Anunciação todos se ajoelham a essas palavras.

Fazer o sinal da Cruz na conclusão do Credo, às palavras: “..e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.”

Liturgia Eucarística

Sentar-se durante o ofertório.

Ficar de pé quando o sacerdote disser “Orai, irmãos e irmãs...” e permanecer de pé para responder “Receba o Senhor este sacrifício...”

Se for usado incenso, o povo se levanta e faz inclinação de cabeça ao turiferário quando ele fizer o mesmo, tanto antes como depois da incensação do povo.

Permanecer de pé até o final do Sanctus (Santo, Santo, Santo...”), quando se ajoelha durante toda a Oração Eucarística.

No momento da Consagração de cada espécie, inclinar a cabeça e pronunciar silenciosamente “Meu Senhor e meu Deus”, reconhecendo a presença de Cristo no altar. Estas são as palavras de São Tomé quando ele reconheceu verdadeiramente a Cristo quando Este apareceu diante dele (Jo 20,28). Jesus disse: “Acreditaste porque me viste. Felizes os que acreditaram sem ter visto” (Jo 20,29).

Ficar de pé ao convite do sacerdote para a Oração do Senhor.

Com reverência, unir as mãos e inclinar a cabeça durante a Oração do Senhor.

Manter-se de pé para o sinal da paz, após o convite. (O sinal da paz pode ser um aperto de mãos ou uma inclinação de cabeça à pessoa mais próxima, acompanhada das palavras “A paz esteja contigo”.)

Na recitação (ou canto) do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”), bater no peito às palavras “Tende pedade de nós”.

Ajoelhar-se ao fim do Agnus Dei (“Cordeiro de Deus...”).

Fazer inclinação de cabeça e bater no peito ao dizer: “Domine, non sum dignus... (“Senhor, eu não sou digno...”).

Recepção da Comunhão

Deixar o banco (sem genuflexão) e caminhar com reverência até o altar, com as mãos unidas em oração.

Fazer um gesto de reverência ao se aproximar do ministro em procissão para receber a Comunhão. Se ela for recebida de joelhos, não se faz nenhum gesto adicional antes de recebê-la.

Pode-se receber a Hóstia tanto na língua como na mão.

Para o primeiro caso, abrir a boca e estender a língua, de modo que o ministro possa depositar a Hóstia de forma apropriada. Para o outro caso, posicionar uma mão sobre a outra, de palmas abertas, para receber a Hóstia. Com a mão de baixo, tomar a Hóstia e com reverência depositá-la na sua boca. (Ver as diretrizes da Santa Sé de 1985).

Quando carregando uma criança, é muito mais apropriado receber a Comunhão na língua.

Se comungar também do cálice, fazer o mesmo gesto de reverência ao se aproximar do ministro.

Fazer o sinal da Cruz após ter recebido a Comunhão.

Ajoelhar-se em oração ao retornar para o banco depois da Comunhão, até o sacerdote se sentar, ou até que ele diga “Oremos”.

Ritos Finais

Ficar de pé para os ritos finais.

Fazer o sinal da Cruz durante a bênção final, quando o sacerdote invocar a Trindade.

Permanecer de pé até que todos os ministros tenham saído em procissão. (Se houver procissão recessional, fazer inclinação ao crucifixo quando ele passar.)

Se houver um hino durante o recessional, permanecer de pé até o final da execução. Se não houver hino, permanecer de pé até que todos os ministros tenham se retirado da parte principal da igreja.

Depois da conclusão da Missa, pode-se ajoelhar para uma oração privada de ação de graças.

Fazer genuflexão ao Santíssimo Sacramento e ao Altar do Sacrifício ao sair do banco, e deixar a (parte principal da) igreja em silêncio.

Fazer o sinal da Cruz com água benta ao sair da igreja, como recordação batismal de anunciar o Evangelho de Cristo a toda criatura."

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Maria Valei-me!!!


Maria, valei-me!
Aos vossos devotos,
Vinde, socorrei-nos!
Vosso amor se empenha,
Ó Virgem da Penha,
Penha donde mana
A Fonte vital!

Salve, Mãe de Deus!
Rainha Suprema
Sobre os Anjos seus!
Sois Mãe de concórdia,
De misericórdia;
Sois vida, doçura,
Esperança sois!

Ó Mãe do Senhor,
Excelsa Maria!
Ó Trono de amor,
Salve! Ouvi os brados
Que nós, degredados,
Da triste Eva filhos
Vimos suspirar!

Gemendo de dor,
Chorando de mágoa,
Pedimos favor:
Neste vale triste,
Onde a pena existe,
De lágrimas cheio,
De miséria e ais.

Ouvi, eia pois,
Nossa Advogada!
Mostrai quanto sois
Olhos piedosos,
Misericordiosos!
A nós, desgraçados,
Terna Mãe, volvei!

Depois de acabar
O cruel desterro,
Dignai-vos mostrar
Jesus infinito,
Que é Fruto bendito
Desse feliz ventre,
Ó Mãe de Jesus!

Ó Clemente, ouvi!
Ó Pia, valei-nos!
Ó Doce, acudi!
Ó Virgem Maria,
Que a Deus, que nos cria,
Criastes nos peitos,
Por todos rogai!

Para que por vós
As promessas suas
Mereçamos nós.
Assim suplicamos,
Porque nos vejamos
Nessa Eterna Glória
Para sempre. Amém

Humildes oferecemos,
A vós Virgem Senhora,
E ao vosso Bento Filho!
Do céu e da terra,
Rainha da glória,
Louvores vos damos,
Aceitai Senhora!

TERCEIRA TARDE DE LOUVOR COM A MÃE PURÍSSIMA!

"Nós amamos porque primeiro Deus nos amou!" (1Jo 4, 19) Abrimos o mês da Bíblia com a Terceira Tarde de Louvor com a Mãe Puríss...