sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O desafio de viver diante de Deus

O desafio de viver diante de Deus Eis! Como começa o Evangelho de hoje? Com uma arenga entre dois irmãos por causa de herança... Quantas arengas na nossa vida, por causa de bens materiais ou imateriais: dinheiro, propriedades, sucesso, primeiro lugar, apego a pessoas, a certo talento, a certo lugar no coração de alguém ou no ambiente em que vivemos... Por que buscamos isto? Porque queremos encher o coração, saciar nossa sede de vida e felicidade. Só que tudo isto não passa de vaidade, ilusão. Daí a advertência do Senhor: "Mesmo que alguém tenha muitas coisas - dinheiro, propriedade, sucesso, fama, amigos, família, inteligência, prestígio, posição, divertimento, alguém a quem amar, alguém que nos ama, etc, etc, etc - a vida do homem não consiste na abundância de bens!" Em que consiste, então? Já vimos nas meditações anteriores: em abrir-se para receber a vida nova, Vida divina, que somente o Cristo Senhor nos pode dar pela Sua morte e ressurreição. Esta Vida é o Seu próprio Espírito Santo, que nos dá os sentimentos, atitudes e glória do Ressuscitado. A parábola que Jesus conta ilustra isto. Qual o pecado desse homem? Ele teve uma boa colheita... 1. Não agradeceu ao Senhor a chuva e o sol no momento certo, 2. Não agradeceu a saúde e a inteligência para trabalhar, 3. Não pensou, um momento sequer, de ofertar ao Senhor a parte que a Lei prescrevia como dízimo, reconhecimento do senhorio de Deus sobre tudo que somos e temos, 4. Nem de longe pensou nos empregados que o ajudaram. Diante de uma colheita tão farta, poderia pensar em repartir a centésima parte que fosse com os que trabalharam para ele, 5. Nem sequer pensou nos necessitados, aos quais ele poderia beneficiar com um pouquinho do que angariou. Nada! Esse homem somente tem a si diante dos olhos; não tem a Deus, não tem aos outros. Ele não reza; fala somente consigo mesmo: "Meu caro, tens uma boa reserva... Aproveita!" Ele é seu próprio Deus, ele é tudo para ele mesmo! Ele não passa de um oco, um vazio! Ele é vaidade ambulante, ilusão consumada porque colocou sua confiança nas coisas que passam... Assim, o tesouro da sua vida, ele usou diante de si mesmo, como se só ele existisse, como se ele fosse o fim último, o critério último, e não diante de Deus. Ele não rico diante de Deus! E as minhas, e as suas riquezas? São tantas, graças a Deus! Como as utilizamos? A elas nos apegamos? Somos ricos diante de nós mesmos, tendo-nos a nós como critério, ou somos ricos diante de Deus? É para pensar. E muito! Escrito por Dom Henrique oares da Costa, bispo auxiliar de Aracaju-Se dia 04/08/2013 às 19h57

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