quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Formação de grupo de perseverança na catequese
A catequese é a comunicação do plano divino da salvação. Catequizar é comunicar o Deus amor que veio ao mundo fazer-se um de nós, assumindo nossas dores e resgatando-nos de todas as formas de opressão.
É muito importante que os catequistas não percam de vista a experiência de levar a vida para dentro da catequese e procurem conjugar a fé com a vida, intensificando assim
a dinamicidade que o processo de formação e educação da fé de nossas crianças e adolescentes necessita ter.
Diante das tristes realidades que presenciamos em nosso mundo e que são, muitas vezes, reflexo da negação da verdade, que o Evangelho de Cristo nos revela, precisamos ser criativos e audazes para conceber a cada dia novos métodos que possibilitem a transmissão dos ensinamentos de Jesus; permitindo que nossos adolescentes não se desviem dos caminhos de Deus e cedam às falsas seduções do mundo.
Sugestão
Uma sugestão prática para vocês catequistas, neste momento que iniciamos mais uma jornada na Catequese de nossa comunidade, neste novo ano que começa, é a formação de grupos de adolescentes para, além de ser um momento de encontro e perseverança na fé, preencher o espaço existente entre a Primeira Eucaristia e a Crisma e também após a Crisma.
O melhor momento é esse, já que os adolescentes, tendo celebrado a etapa da Primeira Eucaristia em suas vidas, estão animados e empolgados.
Alguns passos
Para um bom êxito na concretização do grupo de adolescentes é preciso seguir alguns passos:
1. A sugestão precisa ser bem conversada no grupo de catequistas e deve-se escolher quem vai acompanhar os adolescentes nesse novo grupo, que difere dos encontros de preparação para a Primeira Eucaristia.
2. É necessário que esses catequistas designados pelo grupo possam ir até os adolescentes para convidá-los a participar desse grupo. É muito importante que esse convite seja feito de um modo pessoal e já se deve ter em vista a data do primeiro encontro para a criação do grupo.
Considerando que esses pré-adolescentes e adolescentes já fizeram a Primeira Comunhão, a metodologia aplicada não pode ser a mesma usada durante a catequese inicial; há de se garantir o protagonismo deles, isto é, a participação direta e total na criação do grupo e sua organização.
3. Quem for acompanhá-los necessita ter paciência para entender o universo do adolescente; não deve tratá-los e nunca se referir a eles como crianças. Eles devem se sentir responsáveis e valorizados no grupo. Portanto, não se pode fazer as coisas por eles.
4. O adolescente não tolera as coisas determinadas e impostas. Por isso, toda atividade deve ser dialogada e decida por eles. O ideal é que, na primeira reunião, se decidam o objetivo do grupo, a escolha do nome, a divisão das funções etc.
5. Nas atividades e reuniões de estudo e de partilha, é importante contemplar todas as dimensões da pessoa humana:
— discussões sobre temas ligados à fé, mas também ligados à afetividade e sexualidade,
— relacionamento entre pais e filhos,
— educação,
— a sociedade de um modo geral.
Enfim, a variedade de temas para a partilha, visando ao crescimento desses pequenos e jovens, os momentos orantes e também de lazer proporcionarão um encontro gostoso que será muito valioso no processo de educação da fé. E tudo aquilo que foi semeado durante a preparação da Primeira Comunhão e Crisma terá importância na vida deles e de suas famílias.
Pe. Jorge Paulo da Silva Sampaio
Santuário Nacional de
Nossa Senhora Aparecida
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