Há duas facetas em particular que nos permitem uma compreensão mais profunda da Missa, especialmente, de acordo com a Forma Extraordinária, que pessoalmente prefiro: o silêncio e a solidão. O altar, antes, durante e depois do Sacrifício é coberto em silêncio. E pela solidão: a do celebrante, o “Alter Christus.”
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Mas como isso pode acontecer, alguém dirá, uma vez que a Páscoa e, portanto, a celebração são triunfos? Isso é verdade. Mas a celebração da Missa também é a renovação (incruenta) da Paixão e Morte de Cristo, que se desenrola no silêncio, na solidão, na traição, na negação e na fuga dos discípulos. Na Última Ceia, Nosso Senhor Jesus Cristo é traído e vendido por Judas.
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No Jardim das Oliveiras, na noite antes de sua morte, Ele é deixado sozinho para suar sangue, enquanto seus discípulos dormem em vez de orar com ele, a única coisa que ele lhes havia pedido. Naquela mesma noite, São Pedro o nega três vezes. Ninguém tenta salvá-lo, ninguém se oferece para suportar o peso de sua cruz, mesmo por pouco tempo (Simão Cirineu foi forçado a fazê-lo). Ninguém parece conhecê-lo ou reconhecê-lo.
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Nosso Senhor Jesus Cristo, num momento de verdadeira dor humana, clama em voz alta ao seu Deus, o abismo de miséria e solidão em que mergulha em silêncio. “Solidão”. A mesma solidão que o sacerdote, o Alter Christus, experimenta nesse momento no altar do Sumo Sacrifício, o Gólgota renovado, onde, de um modo real e mais uma vez a Paixão de Cristo irrompe.
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O sacerdote está sozinho no altar. E a esta solidão soma-se a sombra protetora da solidão: silêncio. Na colina desolada do Gólgota, primeiro no Jardim e em seguida assim como no túmulo, Cristo Jesus está sozinho e em silêncio: o silêncio de sua obediência, do cálice de amarga aflição, o suor misturado com sangue. E este é o silêncio da impotência, uma impotência que por um momento parece até mesmo a de Deus.
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“Meu Pai, por que me abandonaste?” O “silêncio” de Deus, neste momento quando a onda do abismo está quebrando sobre Nosso Senhor Jesus Cristo, parece quase como o naufrágio da Divindade no nada.
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Porém, ela também é a impotência e a desolação que vem do primeiro e eterno “Sim” em obediência da Virgem Maria aos pés da Cruz, ao aceitar este Filho que não era para ela manter: “Stabat Mater dolorosa…” Esse é o silêncio temeroso que foi experimentado pela maravilhosa Santa Teresa de Lisieux em seu leito de morte, quando ela gritou, naquele momento derradeiro de agonia e escuridão, que ela não tinha sensação da presença de Deus.
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Silêncio. Tal como os discípulos estavam em silêncio, tal como Maria Santíssima estava em silêncio, todos os quem amavam Nosso Senhor Jesus Cristo como homem e Messias. Havia silêncio aos pés da Cruz. Havia silêncio quando os outros se esconderam. Havia silêncio por causa da obediência. Havia silêncio por causa da covardia. Eles estavam silenciosos, paralisados pela dor. Eles estavam silenciosos em confusão. Ou porque, ao final, as coisas “tinham que resultar” desta maneira… Todos permaneceram em silêncio. Eles apenas permaneceram lá: na Paixão e Morte do Filho de Deus.
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Pelo mesmo motivo, na Missa do Sacrifício, os fiéis não deveriam “participar”, mas “assistir”, guardando o silêncio, aquele silêncio que encobre o sacerdote enquanto ele oferece o Sacrifício de Cristo e de si mesmo. E eles devem estar em posição de aceitação ativa, devem oferecer o seu apoio naquilo que não é penetrável, o milagre, como prometeu o Messias, de que não nos deixaria órfãos.
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Mas e a Ressurreição? Ela é o triunfo, isso é verdade. Porém, ela é o triunfo vivido de maneira oculta, por um Deus sem arrogância. Ela acontece novamente, mas em silêncio e solidão. Dentro do túmulo de pedra, de noite, ninguém estava lá, exceto os soldados que guardavam a entrada.
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Da mesma maneira, em uma voz mais baixa, no silêncio que permanece escondido nas profundezas das palavras do sacerdote, o “Alter Christus” no altar do Sacrifício, a Ressurreição novamente estará presente. Em silêncio e solidão.
Fonte imediata: Rorate Caeli – Tradução: Fratres in Unum.com
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Mas como isso pode acontecer, alguém dirá, uma vez que a Páscoa e, portanto, a celebração são triunfos? Isso é verdade. Mas a celebração da Missa também é a renovação (incruenta) da Paixão e Morte de Cristo, que se desenrola no silêncio, na solidão, na traição, na negação e na fuga dos discípulos. Na Última Ceia, Nosso Senhor Jesus Cristo é traído e vendido por Judas.
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No Jardim das Oliveiras, na noite antes de sua morte, Ele é deixado sozinho para suar sangue, enquanto seus discípulos dormem em vez de orar com ele, a única coisa que ele lhes havia pedido. Naquela mesma noite, São Pedro o nega três vezes. Ninguém tenta salvá-lo, ninguém se oferece para suportar o peso de sua cruz, mesmo por pouco tempo (Simão Cirineu foi forçado a fazê-lo). Ninguém parece conhecê-lo ou reconhecê-lo.
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Nosso Senhor Jesus Cristo, num momento de verdadeira dor humana, clama em voz alta ao seu Deus, o abismo de miséria e solidão em que mergulha em silêncio. “Solidão”. A mesma solidão que o sacerdote, o Alter Christus, experimenta nesse momento no altar do Sumo Sacrifício, o Gólgota renovado, onde, de um modo real e mais uma vez a Paixão de Cristo irrompe.
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O sacerdote está sozinho no altar. E a esta solidão soma-se a sombra protetora da solidão: silêncio. Na colina desolada do Gólgota, primeiro no Jardim e em seguida assim como no túmulo, Cristo Jesus está sozinho e em silêncio: o silêncio de sua obediência, do cálice de amarga aflição, o suor misturado com sangue. E este é o silêncio da impotência, uma impotência que por um momento parece até mesmo a de Deus.
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“Meu Pai, por que me abandonaste?” O “silêncio” de Deus, neste momento quando a onda do abismo está quebrando sobre Nosso Senhor Jesus Cristo, parece quase como o naufrágio da Divindade no nada.
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Porém, ela também é a impotência e a desolação que vem do primeiro e eterno “Sim” em obediência da Virgem Maria aos pés da Cruz, ao aceitar este Filho que não era para ela manter: “Stabat Mater dolorosa…” Esse é o silêncio temeroso que foi experimentado pela maravilhosa Santa Teresa de Lisieux em seu leito de morte, quando ela gritou, naquele momento derradeiro de agonia e escuridão, que ela não tinha sensação da presença de Deus.
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Silêncio. Tal como os discípulos estavam em silêncio, tal como Maria Santíssima estava em silêncio, todos os quem amavam Nosso Senhor Jesus Cristo como homem e Messias. Havia silêncio aos pés da Cruz. Havia silêncio quando os outros se esconderam. Havia silêncio por causa da obediência. Havia silêncio por causa da covardia. Eles estavam silenciosos, paralisados pela dor. Eles estavam silenciosos em confusão. Ou porque, ao final, as coisas “tinham que resultar” desta maneira… Todos permaneceram em silêncio. Eles apenas permaneceram lá: na Paixão e Morte do Filho de Deus.
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Pelo mesmo motivo, na Missa do Sacrifício, os fiéis não deveriam “participar”, mas “assistir”, guardando o silêncio, aquele silêncio que encobre o sacerdote enquanto ele oferece o Sacrifício de Cristo e de si mesmo. E eles devem estar em posição de aceitação ativa, devem oferecer o seu apoio naquilo que não é penetrável, o milagre, como prometeu o Messias, de que não nos deixaria órfãos.
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Mas e a Ressurreição? Ela é o triunfo, isso é verdade. Porém, ela é o triunfo vivido de maneira oculta, por um Deus sem arrogância. Ela acontece novamente, mas em silêncio e solidão. Dentro do túmulo de pedra, de noite, ninguém estava lá, exceto os soldados que guardavam a entrada.
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Da mesma maneira, em uma voz mais baixa, no silêncio que permanece escondido nas profundezas das palavras do sacerdote, o “Alter Christus” no altar do Sacrifício, a Ressurreição novamente estará presente. Em silêncio e solidão.
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E assim vemos o “porquê” e o “como” o que significa “estar na Missa”, como alguém “assiste” o Santo Sacrifício da Missa, a Missa antiga. Isso está longe da gritaria e dos aplausos, longe do comportamento frenético e da síndrome de querer ser o centro das atenções, longe os microfones crepitantes e com deformação de som, longe da inundação de fraseologia fria e longe da Missa reformada no estilo dos anos 70, uma década cheia de retórica cansativa ornada de slogans populistas que no final não têm utilidade alguma para alguém de qualquer tempo, uma das piores décadas já vividas na face da terra.
.E assim vemos o “porquê” e o “como” o que significa “estar na Missa”, como alguém “assiste” o Santo Sacrifício da Missa, a Missa antiga. Isso está longe da gritaria e dos aplausos, longe do comportamento frenético e da síndrome de querer ser o centro das atenções, longe os microfones crepitantes e com deformação de som, longe da inundação de fraseologia fria e longe da Missa reformada no estilo dos anos 70, uma década cheia de retórica cansativa ornada de slogans populistas que no final não têm utilidade alguma para alguém de qualquer tempo, uma das piores décadas já vividas na face da terra.
Fonte imediata: Rorate Caeli – Tradução: Fratres in Unum.com
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