quinta-feira, 27 de março de 2014

Comunhão na mão ou na boca?

Texto retirado do blog auxiliodoscristaos.blogspot.com.br
Créditos ao Una Voce Brasil

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Prezados Amigos,
Salve Maria!
Aqui em Betim, a Paróquia Nossa Senhora do Carmo (no Centro da cidade), tem distribuído uns informativos que me parece ser mensais. No último (abril/2012/Ano I) vem com a seguinte mensagem:

“Você sabe como receber a comunhão? Coloque a mão esquerda sobre a direita para que a comunhão seja colocada na mão esquerda, pegue a hóstia com a direita, responda Amém, quando o ministro disser Corpo de Cristo e só então, leve a comunhão à boca” (sic!)

Vamos ver o que a Igreja sempre ensinou sobre a Comunhão do Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo?

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O modo de receber a Sagrada Comunhão: Resumo

A Instrução Universae Ecclesiae deixa claro que a Santa Comunhão deve ser recebida de joelhos e na língua em celebrações da Forma Extraordinária. A recepção na língua é, de fato, a lei universal da Igreja, que certas Conferências Episcopais revogaram parcialmente. O valor de se ajoelhar para se mostrar humildade na presença do sagrado é afirmado em inumeráveis textos da Escritura e enfatizada pelo Papa Bento XVI em seu livro «O Espírito da Liturgia”. O momento de receber a Sagrada Comunhão é o mais apropriado de todos para demonstrar esta atitude. A recepção na língua, embora não universal na Igreja Primitiva, tornou-se assim rapidamente, refletindo a grande preocupação demonstrada pelos Padres para que as partículas da hóstia não se perdessem, uma preocupação reiterada no Memoriale Domini do Papa Paulo VI. Concluindo, a forma tradicional de receber a Sagrada Comunhão, que evidencia tanto humildade e como receptividade infantil, prepara o comungante para recebê-la de maneira frutuosa. Além disso, se conforma perfeitamente com a atitude geral de reverência pelas Sagradas Espécies que pode ser encontrada ao longo da Forma Extraordinária.

A Maneira de se Receber a Sagrada Comunhão


1. Tal como acontece com a questão do serviço no altar por homens e meninos [1] , a questão da forma de receber a Comunhão nas celebrações na Forma Extraordinária do Rito Romano é resolvida pela Instrução Universae Ecclesiae (2011), que defende a capacidade de vinculação, em celebrações na Forma Extraordinária, da lei litúrgica em vigor em 1962 [2] . Esta especifica que a Santa Comunhão deve ser recebida pelo fiel ajoelhado e na língua.

2. Enquanto que o serviço no altar pelas mulheres tem sido permitido na Forma Ordinária a critério do Ordinário local, a proibição de recepção da Sagrada Comunhão pelo fiel na mão foi expressamente reiterada pelo Papa Paulo VI [3], que apenas observou que os pedidos de derrogação da lei teria de ser feita por uma Conferência Episcopal à Santa Sé. Explicar o valor desta prática, o que este trabalho procura fazer, é o mesmo que explicar o valor da própria legislação da Igreja.

Ajoelhar-se

3. Como o Papa Bento XVI observou. “A origem da genuflexão não se encontra numa cultura qualquer – ela é proveniente da Bíblia e do seu conhecimento de Deus.”[4] Como ele passa a elaborar, o ajoelhar-se é encontrado em numerosas passagens da Escritura como uma atitude adequada tanto de oração de súplica como de adoração na presença de Deus. No ajoelhar-se, seguimos o exemplo de Nosso Senhor [5], cumprimos o Hino Cristológico da Carta aos Filipenses [6], e conformarmo-nos à liturgia celeste vislumbrada no Livro do Apocalipse [7] . O Santo Padre conclui:

É possível que a posição de joelhos se tenha tornado estranha à cultura moderna – na medida que esta última se tenha afastado da Fé, não reconhecendo mais Aquele perante o qual o gesto correto é intrínseco é – estar de joelhos. Quem aprende a ter fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onda ela se perdeu, tem que ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na Comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo [8].

4. Resta observar que no momento em que se recebe o Corpo de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento é um momento apropriado para se ajoelhar, e ao se fazê-lo repetimos uma muito longa tradição no Ocidente [9]. O Papa João Paulo II nos lembra que a atitude correta para receber a Sagrada Comunhão é “a humildade do centurião do Evangelho” [10]: esta atitude é tanto manifestada como nutrida pela reconhecida postura de humildade, ao se por de joelhos. A exigência, na disciplina atual da Igreja, que se faça um “gesto de reverência” antes da Santa Comunhão ser recebida [11], é cumprida de uma maneira mais natural e não forçada estando de joelhos.

Sobre a língua

5. A recepção da Sagrada Comunhão sobre a língua, em oposição à mão, embora não seja a prática exclusiva da Igreja Primitiva, realmente remonta aos primeiros tempos. É atestada por Santo Efrém o Sírio[112], pela antiga liturgia de S. Tiago [13], pelo Papa São Leão o Grande [14] e pelo Papa São Gregório Magno [15]. Nosso Senhor parece ter colocado o pão diretamente na boca de Judas na Última Ceia [16], e pode ter usado o mesmo método para as Espécies Consagradas. A disseminação deste método por toda a Igreja (com distintas variantes no Oriente e no Ocidente) derivou-se naturalmente da grande preocupação dos Padres que nenhuma partícula da Hóstia consagrada fosse perdida. São Cirilo de Jerusalém (invariavelmente citado por sua descrição da Comunhão na mão) [17] adverte que os fragmentos da Hóstia devem ser considerados mais preciosos do que ouro em pó; [18]uma preocupação semelhante é mostrada por Tertuliano [19], São Jerônimo,[20] Orígenes [21], Santo Efrém [22] e outros [23]. Esta preocupação está enraizada na Escritura, no comando de Nosso Senhor aos discípulos após a alimentação da Multidão, um tipo da Eucaristia: “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que não seja perdido.”[24]
6. Esta preocupação é reiterada e relacionada ao valor da recepção sobre a língua pela Instrução Memoriale Domini (1969), que resume uma série de considerações ao favorecer a forma tradicional de distribuir a Sagrada Comunhão:

Esta maneira de distribuir a Santa Comunhão, levando em consideração, no seu conjunto, a situação atual da Igreja, deve ser conservada, não somente porque se funda numa tradição de muitos séculos, mas sobretudo porque exprime e significa a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. E este costume não diminui em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam de tão grande Sacramento; antes, [este costume] faz parte daquela preparação que é requerida, para que o Corpo do Senhor seja recebido da maneira maximamente frutuosa.”[25]
Esta reverência significa que não se trata de «uma comida e de uma bebida comum» [26], mas da comunhão do Corpo e do Sangue do Senhor, …Além disso, com esta forma entretanto tradicional é mais eficazmente assegurado que a Sagrada Comunhão seja distribuída com a reverência, o decoro e a dignidade devidos; que seja evitado todo perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, «de modo singular, está presente substancialmente e ininterruptamente, o Cristo todo inteiro, Deus e homem»[27], e, por fim, que seja observada com diligência a recomendação sempre dada pela Igreja, quanto ao cuidado com os próprios fragmentos do pão consagrado: «Se algum fragmento vieres a perder, seja para ti como se estivesses perdendo um de teus membros».[28]

7. A possibilidade de, ao se receber na mão a Sagrada Comunhão, levar a uma “lamentável falta de respeito para com as espécies eucarísticas” foi confirmada pelo Papa João Paulo II.[29] O perigo de profanação deliberada do Santíssimo Sacramento, igualmente observado no Memoriale Domini, infelizmente também tornou-se evidente, numa época em que os atos sacrílegos podem ser tornados públicos pela internet para o escândalo dos católicos em todo o mundo. Esta questão é levantada novamente pela Instrução Redemptionis Sacramentum (2004), que mais uma vez se refere à distribuição do Santíssimo Sacramento exclusivamente sobre a língua como o remédio eficaz:
Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[30]

8. O Papa João Paulo II levantou uma questão relacionada, quando escreveu “O tocar nas sagradas Espécies e a distribuição destas com as próprias mãos é um privilégio dos ordenados, que indica uma participação ativa no ministério da Eucaristia.” Ele liga esta à consagração das mãos do sacerdote.[31] Isto recorda uma famosa passagem de São Tomás de Aquino, citada a este respeito em uma declaração oficial do Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice [33]:

Por reverência a este sacramento [a Santa Eucaristia], nada o toca a não ser o que é consagrado; por isso o corporal e o cálice são consagrados, e, da mesma forma, as mãos dos sacerdotes para tocar este Sacramento. E assim, não é licito que qualquer outra pessoa Lhe toque, exceto em caso de necessidade, por exemplo, se caísse ao chão ou em qualquer outro caso de urgência.[34]

9. Na medida em que vemos esse método tradicional tendo se desenvolvido ao longo do tempo, não se trata de um argumento contra ele, mas um testemunho para as considerações importantes que consistentemente levaram à sua adoção. Como o Papa Pio XII afirmou brilhantemente na Mediator Dei (1948), práticas mais antigas não são ipso facto preferíveis às práticas que evoluíram sob a orientação do Espírito Santo ao longo dos séculos [35].

Conclusão

10. A importância de uma atitude interior de humildade, enfatizada tanto pelo Papa João Paulo II como pela exigência disciplinar da Igreja de um “gesto de reverência”[36], não é apenas uma questão de decoro diante da Presença Real de Nosso Senhor, por mais importante que seja. Pelo contrário, a graça recebida por um comungante está sob a dependência de sua disposição e do cultivo da correta disposição, aquela humildade e receptividade infantil, que é facilitada ao se receber a comunhão sobre a língua estando de joelhos. Como o Papa Paulo VI enfatizou: “[este costume] faz parte daquela preparação que é requerida, para que o Corpo do Senhor seja recebido da maneira maximamente frutuosa.”[37]

11. Este valor do método tradicional foi reiterado por decisão do próprio Papa Bento XVI ao distribuir a Sagrada Comunhão ao comungante de joelhos e sobre a língua. O comentário oficial sobre esta decisão cita tanto a preocupação sobre a perda de partículas da Hóstia Consagrada, e uma preocupação em estimular a devoção entre os fiéis à Presença Real de Cristo no Sacramento da Eucaristia.[38]
Além disso, o método tradicional é chamado de um “sinal externo” para “promover o entendimento deste grande mistério sacramental”. [39]

12. No contexto específico da Forma Extraordinária do Rito Romano, a prática exclusiva de receber a Sagrada Comunhão de joelhos e na língua anda de mãos dadas com a grande reverência mostrada pelo Sacerdote celebrante na Forma Extraordinária ao Santíssimo Sacramento. Dois exemplos seriam a genuflexão dupla do sacerdote na Consagração, ao segurar com o polegar e o indicador, a partir da Consagração até a Purificação do Cálice. O recebimento da Comunhão na mão criaria uma dissonância prejudicial com outros elementos da liturgia. O assunto está bem expresso na Instrução do Papa, incomprensibile (1996), dirigido às Igrejas Orientais, sobre a importância de manter o modo tradicional de receber a Sagrada Comunhão para aquelas Igrejas:

Mesmo que isto exclua a valorização de outros critérios, embora legítimos, e implique a renúncia a algum comodismo, uma modificação do uso tradicional arrisca-se a comportar uma intrusão não orgânica a respeito do quadro espiritual que se tem mencionado.[40]
Como é que apareceu agora
a Comunhão na Mão?


Há 400 anos, a Comunhão na mão foi introduzida no culto "cristão" por homens cujos motivos tinham por base um desafio ao Catolicismo. Os revolucionários protestantes do Século XVI (chamados "reformadores" protestantes, numa cortesia imerecida) estabeleceram a Comunhão na mão para significar duas coisas:

1) Que acreditavam que não havia "transsubstanciação" nenhuma, e que o pão usado para a Comunhão não passava de pão vulgar. Por outras palavras, a Presença Real de Cristo na Eucaristia não passava de uma "superstição papista"; e como o pão não era mais do que pão, qualquer pessoa lhe podia tocar.

2) Que era sua crença que o ministro da Comunhão não era fundamentalmente diferente de qualquer leigo. Ora é ensinamento católico que o Sacramento da Ordem dá ao Sacerdote um poder espiritual, sacramental, imprime uma marca indelével na sua alma e fá-lo fundamentalmente diferente de um leigo. O Ministro Protestante, porém, não é mais do que um homem vulgar que introduz os cânticos, faz as leituras e prega sermões para excitar as convicções dos crentes. Não pode converter o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Nosso Senhor, não pode abençoar, não pode perdoar os pecados. Não pode fazer nada que um leigo normal não possa fazer.

O estabelecimento da Comunhão na mão pelos Protestantes foi o modo que eles escolheram para mostrar a sua rejeição da crença na Presença Real de Cristo na Eucaristia e a rejeição do Sacerdócio Sacramental — em resumo, para mostrar a sua rejeição do Catolicismo no seu todo.

Daí por diante, a Comunhão na mão passou a ter um significado nitidamente anti-católico: prática abertamente anti-católica, tinha por base a descrença na Presença Real de Cristo e também no Ministério Sacerdotal. Portanto, como a imitação é a forma mais sincera de lisonjear, não será bom perguntar por que razão os nossos eclesiásticos modernos imitam os infiéis auto-proclamados, que rejeitam a doutrina sacramental básica do Catolicismo? Eis uma pergunta a que os eclesiásticos intoxicados pelo espírito liberal do Vaticano II ainda não responderam satisfatoriamente.


Vejam as últimas notícia sobre a comunhão na mão:

“A comunhão na mão oferece um risco” diz Cardeal De Paolis. Roubo da Eucaristia na Itália



Tabernáculos são arrombados na Itália. Eucaristia é guardada em cofres.
Roma (kath.net/pl – Tradução Una Voce Brasil) A Igreja Católica na Itália vem sendo confrontada há meses com o roubo de Santa Eucaristia. Trata-se de tabernáculos quebrados, cibórios furtados cheios de hóstias consagradas, bem como o abuso da comunhão na mão, em que alguns colocam a Santa Eucaristia em uma bolsa para fins desconhecidos. Os motivos dos autores são discutidos: sacrilégios deliberados por muçulmanos? Ou para uso por seitas satânicas em missas negras? Isto foi relatado por “Vatican Insider”.

A comunidade católica prevê-se como sendo forçada a tomar contra-medidas. Em algumas áreas o tabernáculo é esvaziado e deixado aberto, a fim de se proteger contra roubo. O Todo-Poderoso será mantido em um local mais seguro, por isso ele deve ser armazenado em um cofre, aponta ao “Vatican insider” Dom Salvatore DiCristina, Arcebispo de Monreale. A diocese de Sizily já favoreceu uma ”linha dura” contra os criminosos.

O cardeal e canonista Velasio De Paolis explicou que sacrilégios contra a Eucaristia estão entre os mais graves de delitos e que esses crimes recebem a condenação de excomunhão ”latae sententiae”, que só pode ser levantada pela Santa Sé. De Paolis sustenta que até mesmo a comunhão na mão oferece um risco maior de que a Eucaristia possa ser tirada, profanada ou mantida para fim sacrílego.

A lista das infrações é longa. Dois muçulmanos receberam a Eucaristia de um sacerdote em Sondrio, mas não comungaram, pelo contrário, colocaram em suas bolsas de mão. Segundo informações da polícia, há um boom em cultos satânicos. Píxides cheias, por exemplo, foram roubadas em San Giovanni in Bosco (Vasto), cibórios cheios em San Vio, hóstias consagradas desapareceram da Igreja-hospital de Biancavilla (Katania), a comunidade de Santa Caterina dello Ionia foi alvo de um ataque noturno. Aqui e em muitos outros furtos Eucarísticos os tabernáculo svazios, que foram violentamente forçados a abrir com ferramentas de assaltante, são a regra.

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