quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O que é um namoro santo?

Ao pensar em um namoro santo, automaticamente lembramos da castidade. E com toda certeza, namorar santamente envolve sim, a pureza. Talvez pelo grande apelo de estímulos visuais e sensitivos que se tem hoje em dia, provenientes de uma mentalidade maligna que quer empurrar, principalmente para a juventude, que liberdade e amor estão ligados simplesmente ao prazer na genitalidade, o maior desafio em mencionarmos “namoro santo” seja mesmo a castidade. Então, se faz necessário cada vez mais levantar essa bandeira e mostrar que a castidade ensina a abrandar os impulsos que nos arrastam a ver a outra pessoa como objeto de consumo, e eleva a nossa capacidade de amar em Amor Ágape, aquele capaz de dar de si sem esperar nada em troca, porque é esse amor que faz o nosso melhor vir à tona. Se eu lhe perguntar, se você, quando doente, sabendo que tem um médico que trabalha unicamente por retribuição, por dinheiro, e um outro profissional que medica porque ama o que faz, qual dos dois você escolheria para ir se consultar? A grande maioria dirá que seria aquele que faz não pela retribuição, mas pelo amor a profissão e pelas pessoas. Porque pensamos exatamente que, por não estar tão interessado na vantagem que pode obter, mas pela doação de seu dom, esse segundo médico será um melhor profissional, correto? Nisso temos um exemplo de como o amor ágape -desinteressado- pode fazer o melhor de uma pessoa vir à tona. Na área afetiva não é diferente, daí um exemplo da importância da castidade no namoro. Só no casamento se pode viver o ato sexual com compromisso de “para sempre”, incondicional. “até que a morte os separe”. No íntimo de todo ser humano, é esse amor que precisamos e queremos também oferecer. Contudo, um namoro santo não é só castidade. Vai além disso! Existem também outras dimensões, e visto que só Deus é santo, temos que colocá-lo em meio ao namoro e prestar a atenção em todos os desígnios que o Senhor nos disse sobre santidade e praticá-los no namoro. Dentre os principais motivos de um namoro, estão: a verificação de uma complementariedade ou não, para no futuro acontecer o casamento; e, a construção da outra pessoa – já que há no agora um compromisso de amarem-se e serem amados. Então, no mínimo, mesmo que o casal decida terminar, deveria acontecer essa construção das pessoas envolvidas. Não digo que num rompimento, as pessoas não sintam tristeza. Sentir e lidar com a tristeza faz parte do ser humano e temos que administrar isso, mas, construir a pessoa diz respeito à, mesmo que tudo acabem, depois do momento de pesar pelo término, que os namorados possam dizer “Sou uma pessoa melhor. Me descobri, me conheci um pouco mais”, “Não tenho raiva!”, “Não fui usado(a), não me senti enganado(a)!”. Mas, o que mais encontramos por aí são pessoas arrasadas após um namoro. Muitas vezes, não conseguem nem bem se olhar num encontro casual. Para que isso não fosse assim, bastava ter uma boa intenção para com a(o) namorada(o). Em seu namoro, você deixa livre, anima, ajuda, acredita, e expressa tudo isso ao seu(sua) namorado(a)? Ou lança palavras duras quando algo não sai como sua expectativa? Você está construindo ou destruindo seu(sua) amado(a)? Também. Saibam perdoar! Não adianta perdoar, mas, ficar lembrando as culpas passadas a todo momento. Jesus mandou perdoar setenta vezes sete (cf. Mt 18, 22). Existe respeito mutuo? Deus nos diz que homem e mulher foram criados a “Sua imagem e semelhança” e ambos “tem a mesma dignidade” perante Ele (cf. Gn 1, 27 e Catecismo Igreja Católica art. 369). Zele pelo seu compromisso. Não se deixe levar pelas amizades coloridas ou conversas impróprias. A fidelidade começa nas conversas. Ainda que, e é engano pensar que quando casado(a) será fiel se não for agora. Saiba que sua postura de homem e mulher convertido(a) atrai e chama a atenção de outras pessoas. “quem é fiel no pouco o será também no muito” (Lc 16, 10). E mesmo namorando nunca deixe de ser amigo(a). Dialogue muito. Alias, o ideal seria que antes de começar um namoro, o casal cultivasse uma amizade para depois namorar. Nisso você já verá traços de identificação ou não. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15, 13). E dentro deste último contexto, faço uma observação: Cuidado com os namoros em grupos de jovens e de oração! Este é um ambiente em que os jovens frequentam para se encontrarem com Jesus e quando iniciam um namoro aí, sem um bom discernimento e curados em seus afetos, agem com os mesmos impulsos de antes de sua conversão. Daí, que a chance de se machucarem é muito grande. E realmente isso acontece e muitos acabam por desligarem-se do grupo e do Senhor. Simplesmente porque, onde era para ser local de amizade com Cristo foram primeiro preencher suas carências. Observe com muito mais atenção tudo o que foi dito acima sobre um namoro santo. Você será testemunha no mundo desse grande desafio. No mais, namoro santo é a única forma de vivermos plenamente nossa afetividade e a vocação a um dia ser companheiro(a) de alguém especial. TamuJunto, Deus abençoe! Sandro Arquejada – autor do livro As Cinco Fases do Namoro.

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