sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Jovens: Discípulos e missionários de Cristo
Nesse Dia Nacional da Juventude toda a Igreja se enche de esperança porque os jovens são portadores de uma força muito grande capaz de fazer desse mundo um lugar melhor para se viver.
Faz aproximadamente uma semana o hino da JMJ Rio 2013 foi lançado e agora todos nós podemos conhecer em fim a música que os jovens do mundo todo vão cantar no próximo ano. E o refrão me chamou a atenção de maneira especial. Diz assim: Cristo nos convida: “Venham, meus amigos!” Cristo nos envia: “Sejam missionários!”. Esse pequeno texto resume duas dimensões fundamentais da nossa vida cristã: O seguimento e o anúncio de Cristo. O Evangelista São Marcos narra que “Jesus subiu um monte, chamou os que ele quis, e eles foram para perto dele. Então escolheu doze homens para ficarem com ele e serem enviados para anunciar o evangelho” (Mc 3, 13-14).
Primeiramente, todos nós somos chamados a seguir Jesus. Pelo batismo nos tornamos membros do Corpo de Cristo, nos tornamos seus discípulos. Seguir Jesus significa tê-lo como o centro de nossas vidas, acolher o seu chamado e o seu plano. É Ele que vai à frente, que guia e dá sentido a toda a nossa vida.
Quem aceita esse convite e se torna discípulo, encontra o verdadeiro tesouro: uma felicidade autêntica. Por isso, todo aquele que segue Jesus experimenta o desejo de sair e anunciar a todo o mundo o que encontrou. Essa foi a experiência da samaritana que logo de um profundo encontro com Cristo “foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito” (Jo 4, 28-29). Não podemos guardar para nós esse tesouro. Existem muitas pessoas que desejam se encontrar com Deus e dependem da nossa cooperação.
Finalmente, lembremos que só podemos ser missionários se somos discípulos, porque ninguém pode dar algo que não tem. Para anunciar Cristo preciso antes me encontrar com Ele.
Por Michell Lima
Novena de Nossa Senhora da Conceição, de 29/11 á 07/12.
Oração para todos os dias:
Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita por Mãe de Deus e preservada por Ele de toda culpa desde o primeiro instante de sua Concepção:
Assim como por Eva nos veio a morte, assim nos vem a vida por ti, que pela graça de Deus tens sido eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo tem formado com seu Sangue.
A ti, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, viemos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedas a graça de sermos verdadeiros filhos teus e de teu Filho Jesus Cristo, livres de toda mancha de pecado.
Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus, não somente para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o gênero humano.
Confiantes que jamais se tem ouvido dizer que um somente de quantos tem acudido a vossa proteção e implorado vosso socorro, tem já sido desamparado.
Não me deixeis, pois, a mim tampouco, porque se me deixais me perderei;
Que eu tampouco quero deixar a vos, antes bem, cada dia quero crescer mais em vossa verdadeira devoção.
Alcançai-me principalmente estas três graças:
A primeira, não cometer jamais pecado mortal;
A segunda, um grande apreço da virtude cristã,
A terceira, uma boa morte.
Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena
Fazer aqui o pedido que se deseja obter.
Rezar a oração do dia correspondente:
Orações finais:
Bendita seja tua pureza e eternamente o seja, pois todo um Deus se recreia em tão graciosa beleza.
A ti, celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, vos ofereço neste dia alma, vida e coração.
olhai-me com compaixão, não me deixes, Mãe minha.
Rezar três Ave-Marias.
Tua Imaculada Concepção, Oh! Virgem Mãe de Deus, anunciou alegria ao universo inteiro.
Oração
Oh! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem, preparaste digna habitação a teu Filho:
Vos rogamos que, assim como pela previsão da morte de teu Filho livrai-vos a ela de toda mancha, assim a nós nos concedas por sua intercessão chegar a Vós limpos de pecado.
Pelo mesmo Senhor nosso Jesus Cristo. Amém.
Primeiro Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria do pecado original em sua Imaculada Concepção, e a nós nos fizeste o grande beneficio de livramos dele por meio de teu Santo batismo, assim vos rogamos humildemente nos concedas a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos, regenerados em ti, Nosso Pai Altíssimo.
Segundo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado mortal em toda sua vida e a nós nos dais graça para evita-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de não cometer nunca pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.
Terceiro Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado venial em toda sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais nossas almas para sermos dignos de ti, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.
Quarto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como livrais a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas a graça de ir domando nossas paixões e destruindo nossas más inclinações, para que vos possamos servir, com verdadeira liberdade de espírito, sem imperfeição nenhuma.
Quinto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro instante de sua Concepção, destes a Maria mais graça que a todos os Santos e anjos do céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos inspires um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiriste com teu sangue, e nos concedas o aumentar mais e mais com nossas boas obras e com a recepção de teus Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.
Sexto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos atos de virtude dignos de nossa profissão de cristãos.
Sétimo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximia, pela qual é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a dificilíssima virtude da castidade, que tantos tem conservado mediante a devoção da Virgem e tua proteção.
Oitavo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero de ti,
Oh! Deus Senhor nosso!
Nosso verdadeiro bem, nosso bem feitor, nosso Pai, e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um somente pecado.
Nono Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como tens concedido a Maria a graça de ir ao céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao céu, para sempre aproveitar, em tua companhia e a de nossa Mãe, com todos os que se tem salvado por ela.
Novena e Festa de Nossa Senhora da Conceição 2013
COMUNIDADE CATÓLICA DOS FILHOS DE MARIA/CAPELA MATRIZ SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ
Convite
O dirigente Matheus Pinto convida a todos para participar da festa de Nossa Senhora da Conceição 2013, sua presença será nossa alegria.
"Programação da Festa"
Diariamente: 29/11 à 07/12.
12h Angelus, 21:30 Solene Novena a Nossa Sra da Conceição.
Dia da Festa: 08/12.
05h Oficio Solene, 06h Repique dos Sinos, 10h Procissão com a venerável imagem de Nossa Senhora da Conceição saindo da Capela Nossa Sra Sant'Ana até a Capela Matriz, 10:30 Paraliturgia Solene onde renovaremos o ato de consagração a Virgem Maria e o Dirigente entregará o brasão da Comunidade.
Dias especiais:
29/11 – Entronização solene da venerável imagem de Nossa Senhora da Conceição ás 21:30.
30/11 – Akathistos à Nossa Senhora ás 09hs e Solene Novena ás 10hs
07/12 – Oficio da Imaculada Conceição ás 06hs, 10hs Procissão com a venerável imagem de Nossa Senhora Aparecida em comemoração ao aniversário de sua coroação e ás 10:30 Solene Novena.
Participem desta tradicional homenagem a nossa Mãezinha querida!!!
MATHEUS PINTO
PRESIDENTE DA C. C. FILHOS DE MARIA
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Tempo do Advento
A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive aalegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico).
Como se estrutura o Tempo do Advento
O tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.
As figuras Bíblicas principais do Advento
Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.
“Atentos e vigilantes”
A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber o Cristo; a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor se dá na vivência da conversão e da ascese. Precisamos ter um olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca e nos empenharmos para correspondermos com a ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. O nosso relacionamento com o nosso corpo e os nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa participação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa atenção. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior.
“Orai a todo momento”
Este tempo é marcado por uma vivência mais profunda da vida de oração. A leitura orante deste período nos coloca em contato com as profecias de salvação do Antigo Testamento, com a expectativa que os cristãos da Igreja primitiva tinham da Parusia e com os eventos principais que antecederam o nascimento de Jesus. A recordação dos eventos que antecederam a primeira vinda de Cristo se torna a base da preparação da Igreja para o novo Advento do Senhor. A Santa Missa e a Liturgia das Horas são os principais momentos celebrativos. Os exercícios de piedade, como a oração e a meditação dos mistérios gozosos do Rosário, a oração do Angelus Domini e a Novena de Natal podem ser um caminho feliz para a vivência da oração comunitária neste tempo.
“Para ficardes em pé diante do Filho do Homem”
Cada um de nós, apesar do pecado e do mal que nos cerca, deve desejar sempre mais a felicidade, aceitando que, em última análise, ela é o Reino dos Céus, a vivência em comunhão plena e eterna com Deus. Para isto é necessário vivermos dirigindo nossa vida para esta meta, colocando nossas forças no socorro da graça do Espírito Santo. Deus já nos criou desejando a felicidade. Contudo, por causa do pecado, vamos procurando nas criaturas aquela completude que só pode ser vivida na comunhão com o Criador. O Advento nos propõe entendermos todas as coisas na sua relação com Deus e usarmos elas como meios de estarmos com Ele, colocando nossa esperança nas realidades que não passam.
Para aprofundar...
Para saber mais sobre o assunto, indicamos CIC, nos 1168 até 1171; no Compêndio do Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 186; e, Sacrosanctum Concilium, parágrafos 102 e 105.
Pe. Vitor Gino Finelon
Vice-Diretor das Escolas de Fé
e Catequese
Mater Ecclesiae e Luz e Vida
Ser louco é ser feliz!
As vezes me dizem que sou louco e eu gosto quando me falam isso, pois se ser louco é ser diferente, é ser feliz, que bom pois realmente sou e Jesus disse que seus amigos seriam considerados loucos por serem seus seguidores, vejam os Evangelhos, todos os que seguem Jesus são considerados loucos ate mesmo o próprio Jesus é chamado de louco. Realmente não tenho um pingo de mado de dizer: SOU LOUCO MESMO e meu hospicio é o Céu, é lá onde eu quero morar, não liguo que pra o que falam ou deixam de falar de mim, o que importa é a minha felicidade, e a minha felicidade é Jesus Cristo, o resto é o resto. Muitos perdem tempo olhando a vida dos outros, apontando o dedo para o erro dos outros, meus queridos ta na hora de deixar de ser hipocritra e viver sua própria vida. Doa a quem doer eu sou sim louco, louco por Jesus, pois é melhor ser louco e viver verdadeiramente sem ter medo de ser feliz, do que ser normal e viver uma grande mentira numa tristeza profunda.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
O que é um namoro santo?
Ao pensar em um namoro santo, automaticamente lembramos da castidade. E com toda certeza, namorar santamente envolve sim, a pureza. Talvez pelo grande apelo de estímulos visuais e sensitivos que se tem hoje em dia, provenientes de uma mentalidade maligna que quer empurrar, principalmente para a juventude, que liberdade e amor estão ligados simplesmente ao prazer na genitalidade, o maior desafio em mencionarmos “namoro santo” seja mesmo a castidade.
Então, se faz necessário cada vez mais levantar essa bandeira e mostrar que a castidade ensina a abrandar os impulsos que nos arrastam a ver a outra pessoa como objeto de consumo, e eleva a nossa capacidade de amar em Amor Ágape, aquele capaz de dar de si sem esperar nada em troca, porque é esse amor que faz o nosso melhor vir à tona.
Se eu lhe perguntar, se você, quando doente, sabendo que tem um médico que trabalha unicamente por retribuição, por dinheiro, e um outro profissional que medica porque ama o que faz, qual dos dois você escolheria para ir se consultar? A grande maioria dirá que seria aquele que faz não pela retribuição, mas pelo amor a profissão e pelas pessoas. Porque pensamos exatamente que, por não estar tão interessado na vantagem que pode obter, mas pela doação de seu dom, esse segundo médico será um melhor profissional, correto? Nisso temos um exemplo de como o amor ágape -desinteressado- pode fazer o melhor de uma pessoa vir à tona.
Na área afetiva não é diferente, daí um exemplo da importância da castidade no namoro. Só no casamento se pode viver o ato sexual com compromisso de “para sempre”, incondicional. “até que a morte os separe”. No íntimo de todo ser humano, é esse amor que precisamos e queremos também oferecer.
Contudo, um namoro santo não é só castidade. Vai além disso!
Existem também outras dimensões, e visto que só Deus é santo, temos que colocá-lo em meio ao namoro e prestar a atenção em todos os desígnios que o Senhor nos disse sobre santidade e praticá-los no namoro.
Dentre os principais motivos de um namoro, estão: a verificação de uma complementariedade ou não, para no futuro acontecer o casamento; e, a construção da outra pessoa – já que há no agora um compromisso de amarem-se e serem amados. Então, no mínimo, mesmo que o casal decida terminar, deveria acontecer essa construção das pessoas envolvidas.
Não digo que num rompimento, as pessoas não sintam tristeza. Sentir e lidar com a tristeza faz parte do ser humano e temos que administrar isso, mas, construir a pessoa diz respeito à, mesmo que tudo acabem, depois do momento de pesar pelo término, que os namorados possam dizer “Sou uma pessoa melhor. Me descobri, me conheci um pouco mais”, “Não tenho raiva!”, “Não fui usado(a), não me senti enganado(a)!”.
Mas, o que mais encontramos por aí são pessoas arrasadas após um namoro. Muitas vezes, não conseguem nem bem se olhar num encontro casual. Para que isso não fosse assim, bastava ter uma boa intenção para com a(o) namorada(o).
Em seu namoro, você deixa livre, anima, ajuda, acredita, e expressa tudo isso ao seu(sua) namorado(a)? Ou lança palavras duras quando algo não sai como sua expectativa? Você está construindo ou destruindo seu(sua) amado(a)?
Também. Saibam perdoar! Não adianta perdoar, mas, ficar lembrando as culpas passadas a todo momento. Jesus mandou perdoar setenta vezes sete (cf. Mt 18, 22).
Existe respeito mutuo? Deus nos diz que homem e mulher foram criados a “Sua imagem e semelhança” e ambos “tem a mesma dignidade” perante Ele (cf. Gn 1, 27 e Catecismo Igreja Católica art. 369).
Zele pelo seu compromisso. Não se deixe levar pelas amizades coloridas ou conversas impróprias. A fidelidade começa nas conversas. Ainda que, e é engano pensar que quando casado(a) será fiel se não for agora. Saiba que sua postura de homem e mulher convertido(a) atrai e chama a atenção de outras pessoas. “quem é fiel no pouco o será também no muito” (Lc 16, 10).
E mesmo namorando nunca deixe de ser amigo(a). Dialogue muito. Alias, o ideal seria que antes de começar um namoro, o casal cultivasse uma amizade para depois namorar. Nisso você já verá traços de identificação ou não. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15, 13).
E dentro deste último contexto, faço uma observação: Cuidado com os namoros em grupos de jovens e de oração! Este é um ambiente em que os jovens frequentam para se encontrarem com Jesus e quando iniciam um namoro aí, sem um bom discernimento e curados em seus afetos, agem com os mesmos impulsos de antes de sua conversão. Daí, que a chance de se machucarem é muito grande. E realmente isso acontece e muitos acabam por desligarem-se do grupo e do Senhor. Simplesmente porque, onde era para ser local de amizade com Cristo foram primeiro preencher suas carências.
Observe com muito mais atenção tudo o que foi dito acima sobre um namoro santo. Você será testemunha no mundo desse grande desafio.
No mais, namoro santo é a única forma de vivermos plenamente nossa afetividade e a vocação a um dia ser companheiro(a) de alguém especial.
TamuJunto,
Deus abençoe!
Sandro Arquejada – autor do livro As Cinco Fases do Namoro.
Maria segundo o Catecismo da Igreja Católica
MARIA – MÃE DE CRISTO
MÃE DA IGREJA
963. Depois de termos falado do papel da Virgem Maria no mistério de Cristo e do Espírito, é conveniente considerarmos agora o seu lugar no mistério da Igreja. «Efectivamente, a Virgem Maria [...] é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor [...]. Ao mesmo tempo, porém, é verdadeiramente "Mãe dos membros (de Cristo) [...], porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela Cabeça"» (525). «Maria, [...] Mãe de Cristo e Mãe da Igreja» (526).
I. A maternidade de Maria em relação à Igreja
INTEIRAMENTE UNIDA A SEU FILHO...
964. O papel de Maria em relação à Igreja é inseparável da sua união com Cristo e decorre dela directamente. «Esta associação de Maria com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a concepção virginal de Cristo até à sua morte» (527). Mas é particularmente manifesta na hora da sua paixão:
«A Bem-aventurada Virgem avançou na peregrinação de fé, e manteve fielmente a sua união como Filho até à Cruz, junto da qual esteve de pé, não sem um desígnio divino; padeceu acerbamente com o seu Filho único e associou-se com coração de mãe ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que d'Ela nascera; e, por fim, foi dada por mãe ao discípulo pelo próprio Jesus Cristo, agonizante na Cruz, com estas palavras: "Mulher, eis aí o teu filho" (Jo 19, 26-27)» (528).
965. Depois da Ascensão do seu Filho, Maria «assistiu com suas orações aos começos da Igreja» (529). E, reunida com os Apóstolos e algumas mulheres, vemos «Maria implorando com as suas orações o dom daquele Espírito, que já na Anunciação a cobrira com a Sua sombra» (530).
... TAMBÉM NA SUA ASSUNÇÃO...
966. «Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (529). A Assunção da santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos:
«No teu parto guardaste a virgindade e na tua dormição não abandonaste a mundo, ó Mãe de Deus: alcançaste a fonte da vida. Tu que concebeste o Deus vivo e que, pelas tuas orações, hás-de livrar as nossas almas da morte» (532).
... ELA É NOSSA MÃE NA ORDEM DA GRAÇA
967. Pela sua plena adesão à vontade do Pai, à obra redentora do Filho e a todas as moções do Espírito Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. Por isso, ela é «membro eminente e inteiramente singular da Igreja» (533) e constitui mesmo «a realização exemplar»,o typus, da Igreja (534).
968. Mas o seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. Ela «cooperou de modo inteiramente singular, com a sua fé, a sua esperança e a sua ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É, por essa razão, nossa Mãe, na ordem da graça» (535).
969. «Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto da Cruz, até à consumação perpétua de todos os eleitos. De facto, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna [...]. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira» (536).
970. «Mas a função maternal de Maria para com os homens, de modo algum ofusca ou diminui a mediação única de Cristo, mas antes manifesta a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salutar da Virgem santíssima [...] deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia» (537). «Efectivamente, nenhuma criatura pode ser equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas, uma cooperação variada, que participa dessa fonte única» (538).
II. O culto à Santíssima Virgem
971. «Todas as gerações me hão-de proclamar ditosa» (Lc 1, 48): «a piedade da Igreja para com a santíssima Virgem pertence à própria natureza do culto cristão» (539). A santíssima Virgem «é com razão venerada pela Igreja com um culto especial. E, na verdade, a santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de "Mãe de Deus", e sob a sua protecção se acolhem os fiéis implorando-a em todos os perigos e necessidades [...]. Este culto [...], embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta por igual ao Verbo Encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo, e favorece-o poderosamente» (540). Encontra a sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus (541) e na oração mariana, como o santo rosário, «resumo de todo o Evangelho» (542).
III. Maria - ícone escatológico da Igreja
972. Depois de termos falado da Igreja, da sua origem, missão e destino, não poderíamos terminar melhor do que voltando a olhar para Maria, a fim de contemplar nela o que a Igreja é no seu mistério, na sua «peregrinação da fé», e o que será na pátria ao terminar a sua caminhada, onde a espera, na «glória da santíssima e indivisa Trindade» e «na comunhão de todos os santos» (543), Aquela que a mesma Igreja venera como Mãe do seu Senhor e como sua própria Mãe:
«Assim como, glorificada já em corpo e alma, a Mãe de Jesus é imagem e início da igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também, brilha na terra como sinal de esperança segura e de consolação, para o povo de Deus ainda peregrino» (544).
Resumindo:
973. Ao pronunciar o «Fiat» da Anunciação e dando o seu consentimento ao mistério da Encarnação, Maria colabora desde logo com toda a obra a realizar por seu Filho. Ela é Mãe, onde quer que Ele seja Salvador e Cabeça do Corpo Místico.
974. Terminado o curso da sua vida terrena, a santíssima Virgem Maria foi elevada em corpo e alma para a glória do céu, onde participa já na glória da ressurreição do seu Filho, antecipando a ressurreição de todos os membros do Seu Corpo.
975. «Nós cremos que a santíssima Mãe de Deus, a nova Eva, a Mãe da Igreja, continua a desempenhar no céu o seu papel maternal para com os membros de Cristo» (545).
História de Nossa Senhora das Graças
Esta é a curiosa história de Catarina de Labouré, cujo nome era Zoé e Catarina, seu nome como religiosa. Foi certa vez visitar as filhas de São Vicente e encontra no parlatório o retrato do Padre que vira uma vez em sonhos a chamá-la; e era justamente o seu fundador, Vicente de Paulo. No ano de 1830, nas vésperas da festa de São Vicente de Paulo, a jovem Noviça, por voltade onze e meia da noite, ouve três vezes o seu nome. "Catarina! Catarina! Catarina!..." Catarina assustada, senta-se no leito, e diz: "Estou te conhecendo, és meu Anjo da Guarda!" E o menino lhe diz o seguinte:
"Vem a Capela, que Nossa Senhora te espera!" Catarina, teve um momento de hesitação... e disse: "Não posso, vou acordar todo mundo!" Porém o menino a tranquilizou... "Não tenhas medo, todos estão dormindo, vem, eu te acompanho, Catarina!" Então respondeu: "Está bem, vamos." Após terem atravessado os corredores, onde luzes se acendiam e as portas se abriam sozinhas, chegam à Capela, onde derrepente, já pela meia noite, o menino exclama. "Olha Nossa Senhora!" No mesmo instante, Catarina escuta, do lado da epístola, um ligeiro ruído como que roçagar de um vestido de seda e uma Dama muito bela, senta-se defronte do altar.
Catarina se ajoelha, apoia-se em seu regaço, a Dama afaga-se e fala: "Catarina, em qualquer sofrimento, venha falar ao meu coração. Receberás tudo o que precisamos. Filha, confio-te uma missão, não tenhas medo; conta tudo ao Padre encarregado, de guiar-te. Desgraças desabarão sobre a França, o trono será derrubado, Catástrofes abalarão o mundo; Eu estarei contigo. Deus e São Vicente, protegerão as duas comunidades: a dos Padres e as Irmãs de São Vicente." E foi assim que tudo aconteceu. Catarina não soube dizer por quanto tempo ficou junto Dela, que desapareceu como uma sombra. No dia 27 de novembro de
1830, às 5 horas da tarde, a comunidade rezava na Capela. Nossa Senhora manifestou-se novamente a Catarina. Apareceu à direita, justamente no lugar onde se encontra hoje, o altar chamado da Virgem do Globo, onde existe uma imagem de mármore, tentando reproduzir o que a Noviça viu. O Globo que vês, representa o mundo inteiro. Em seguida, seus dedos encheram-se de anéis de pedras cintilantes que a inundavam de luz. E as mãos da Senhora, carregadas das graças sugeridas pelos raios, abaixaram-se e estenderam-se como se vê na medalha, e a vidente ouviu. "Este raios,
são símbolos das graças que eu derramo sobre aqueles que as suplicam. Fazei cunhar uma medalha com minha figura de um lado, e do outro, o M do meu nome, encimado por uma cruz, tendo embaixo dois corações, um coroado de espinhos e o outro, atravessado por uma lança. Todos que a usarem com fé, receberão grandes graças. Catarina, foi ao Padre Aladel, seu confessor, e contou-lhe tudo... "Padre, Nossa Senhora me apareceu... Padre, precisavas ver que lindas as graças contidas em suas mãos. Porém, padre Aladel custou a convencer-se de tal visão, e disse: "Minha filha, calma, sejamos prudentes.
Por enquanto, guardaremos segredo." Depois de algum tempo, Padre Aladel foi procurar o Arcebispo de Paris e contou-lhe tudo. O Arcebipo disse: "Deus o abençoe, Padre Aladel" O Padre então contou: "Sr. Arcebispo, após a narração do ocorrido e mediante a tantas graças que vêm sendo derramadas em nossas comunidade, peço a Vossa Eminência a autorização para que sejam mandadas cunhar as medalhas conforme vontade de Nossa Senhora". O Arcebispo, depois de ouvir o Padre atentamente, disse: "Mandaremos cunhá-las logo e trataremos de distribuí-las para que todos as usem. Vá em paz e que a Virgem o guarde. A comunidade, conhecendo a medalha e seus efeitos milagrosas, aos poucos foi difundido à devoção a Nossa Senhora das Graças, que se espalhou pelo mundo.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Quando devo pedir em namoro a pessoa que estou amando?
Tenho plena consciência de que, o que você irá ler daqui em diante neste artigo, poderá lhe causar estranheza, alias, muitos irão me achar, no mínimo, um extraterrestre, que estou por fora da realidade, e até que eu estou sendo preconceituoso, entretanto, vou expressar-me mesmo assim, pois, recebo o pedido de muitos jovens querendo um aconselhamento ao seu namoro. E a maioria desses casos são de sofrimentos causados por aquilo que já começa errado.
Quando o assunto é início de namoro, a grande maioria vive demasiadamente a ansiedade. É normal estar ansioso por estar vivendo o começo da paixão. Contudo, a ansiedade, não deixa as pessoas em paz, e estes acham que se não resolverem logo “a parada” com a moça que está dando sinais, ou com o rapaz que outras meninas estão “de olho”, vão perder a chance, então “é melhor tomar logo a iniciativa”. Isso só irá atrapalhar a verdadeira essência do namoro. Ou será correto começar algo por pressão que impomos a nós mesmos ou que sofremos do sistema do mundo?
Então, meus caros amigos e irmãos, antes de pedir alguém em namoro, segure a onda, aprenda a dominar sua ansiedade e viva antes uma amizade. Na amizade, se você deixar rolar o companheirismo, ajudar a pessoa, se interessar pela vida dela(e), seus sentimentos, você acabará conhecendo e sabendo de coisas relevantes para você, mas, que talvez só iria saber depois de alguns meses de namoro, em que já existe um compromisso e o envolvimento mais sério. Se você não tem certeza, ou uma mínima base de conhecimento sobre quem se está aprendendo a gostar, como é que poderá saber se esse namoro tem chances de subsistir? Digamos que, antes dessa amizade, você só sabe que quer estar perto da pessoa, nada mais, bem diferente do discernimento de se envolver, ou não, com tudo o que faz parte do universo dela(e), que é bem mais profundo e será mais exigente!
Se você, tentando conhecer e se aproximando amorosamente da pessoa, o(a) perder, é porque não era para ser seu(sua)!
Antes de pedir alguém em namoro, não perca por nada este tempo de aproximação! Viva o encanto, a beleza dessa fase, a troca de olhares, o coração incendiado de amor. Saiba que, no primeiro ano de namoro, nas crises, nas dificuldades, nas alegrias, no dia do casamento, e para o resto da vida, vocês irão abastecerem-se em amor, perdão e concórdia quando fizerem memória dos sentimentos velados, e não revelados totalmente no tempo de paquera.
Antes de pedir esse alguém em namoro, tenha certeza de que quer namorar sério. Que você se decidiu, que há dentro de você a disposição de assumir responsabilidades, de fazer feliz, uma pessoa em especial. Isso te fará sentir livre, sem aquela famosa sensação de prisão ao relacionamento e saudades das aventuras com amigos.
Também, queira iniciar um caminho para levar essa pessoa para o altar. Que esse seja seu primeiro pensamento, antes mesmo de que, algo pode não dar certo. Perceba em si mesmo além do amor, da paixão, que você a(o) admira como pessoa, sua postura, seu jeito de ser.
E pronto! Se há dentro do seu coração esses pontos, que estes foram construídos através da amizade, da paciência, e que encontrou a reciprocidade da outra pessoa, pode ir lá e se declarar.
Uma última ressalva é que: Nada contra as meninas que pedem um rapaz em namoro, mas, prefiro que os homens sejam os cortejadores e que eles dirijam a elas suas intenções de começar um compromisso. Não, não sou machista! A grande maioria das mulheres querem ter ao seu lado um homem de verdade, e isso, geralmente engloba que eles tenham “iniciativa”. Então, porque elas tem que tomar a frente na hora de começar um namoro?
É tão bonito, uma moça discreta, sensata, recatada, que envia sinais, sim, que paquera. Contudo, que reserva seu mistério, a mulher que é forte, mas que deixa sua força aparecer mais pelo coração do que pelo impeto. (cf. Eclo 26). No fundo, todo rapaz sonha mesmo, é com essa mulher.
Deus abençoe seus sentimentos e seu começo de namoro
Sandro Arquejada – autor do livro “As Cinco Fases do Namoro
Paróquia Conversão de São Paulo - Fazenda Grande do Retiro - Salvador - Bahia
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
SANTA MISSA NA CONCLUSÃO DO ANO DA FÉ NA SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 24 de Novembro de 2013
A solenidade de Cristo Rei do universo, que hoje celebramos como coroamento do ano litúrgico, marca também o encerramento do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, para quem neste momento se dirige o nosso pensamento cheio de carinho e de gratidão por este dom que nos deu. Com esta iniciativa providencial, ele ofereceu-nos a oportunidade de redescobrirmos a beleza daquele caminho de fé que teve início no dia do nosso Baptismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na Igreja; um caminho que tem como meta final o encontro pleno com Deus e durante o qual o Espírito Santo nos purifica, eleva, santifica para nos fazer entrar na felicidade por que anseia o nosso coração.
Desejo também dirigir uma cordial e fraterna saudação aos Patriarcas e aos Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais Católicas, aqui presentes. O abraço da paz, que trocarei com eles, quer significar antes de tudo o reconhecimento do Bispo de Roma por estas Comunidades que confessaram o nome de Cristo com uma fidelidade exemplar, paga muitas vezes por caro preço.
Com este gesto pretendo igualmente, através deles, alcançar todos os cristãos que vivem na Terra Santa, na Síria e em todo o Oriente, a fim de obter para todos o dom da paz e da concórdia.
As Leituras bíblicas que foram proclamadas têm como fio condutor a centralidade de Cristo: Cristo está no centro, Cristo é o centro. Cristo, centro da criação, do povo e da história.
1. O Apóstolo Paulo, na segunda Leitura tirada da Carta aos Colossenses, dá-nos uma visão muito profunda da centralidade de Jesus. Apresenta-O como o Primogénito de toda a criação: n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas. Ele é o centro de todas as coisas, é o princípio: Jesus Cristo, o Senhor. Deus deu-Lhe a plenitude, a totalidade, para que n’Ele fossem reconciliadas todas as coisas (cf. 1, 12-20). Senhor da criação, Senhor da reconciliação.
Esta imagem faz-nos compreender que Jesus é o centro da criação; e, portanto, a atitude que se requer do crente – se o quer ser de verdade - é reconhecer e aceitar na vida esta centralidade de Jesus Cristo, nos pensamentos, nas palavras e nas obras. E, assim, os nossos pensamentos serão pensamentos cristãos, pensamentos de Cristo. As nossas obras serão obras cristãs, obras de Cristo, as nossas palavras serão palavras cristãs, palavras de Cristo. Diversamente, quando se perde este centro, substituindo-o por outra coisa qualquer, disso só derivam danos para o meio ambiente que nos rodeia e para o próprio homem.
2. Além de ser centro da criação e centro da reconciliação, Cristo é centro do povo de Deus. E hoje mesmo Ele está aqui, no centro da nossa assembleia. Está aqui agora na Palavra e estará aqui no altar, vivo, presente, no meio de nós, seu povo. Assim no-lo mostra a primeira Leitura, que narra o dia em que as tribos de Israel vieram procurar David e ungiram-no rei sobre Israel diante do Senhor (cf. 2 Sam 5, 1-3). Na busca da figura ideal do rei, aqueles homens procuravam o próprio Deus: um Deus que Se tornasse vizinho, que aceitasse caminhar com o homem, que Se fizesse seu irmão.
Cristo, descendente do rei David, é precisamente o «irmão» ao redor do qual se constitui o povo, que cuida do seu povo, de todos nós, a preço da sua vida. N’Ele, nós somos um só; um só povo unido a Ele, partilhamos um só caminho, um único destino. Somente n’Ele, n’Ele por centro, temos a identidade como povo.
3. E, por último, Cristo é o centro da história da humanidade e também o centro da história de cada homem. A Ele podemos referir as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de que está tecida a nossa vida. Quando Jesus está no centro, até os momentos mais sombrios da nossa existência se iluminam: Ele dá-nos esperança, como fez com o bom ladrão no Evangelho de hoje.
Enquanto todos os outros se dirigem a Jesus com desprezo – «Se és o Cristo, o Rei Messias, salva-Te a Ti mesmo, descendo do patíbulo!» –, aquele homem, que errou na vida, no fim agarra-se arrependido a Jesus crucificado suplicando: «Lembra-Te de mim, quando entrares no teu Reino» (Lc 23, 42). E Jesus promete-lhe: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso» (23, 43): o seu Reino. Jesus pronuncia apenas a palavra do perdão, não a da condenação; e quando o homem encontra a coragem de pedir este perdão, o Senhor nunca deixa sem resposta um tal pedido. Hoje todos nós podemos pensar na nossa história, no nosso caminho. Cada um de nós tem a sua história; cada um de nós tem também os seus erros, os seus pecados, os seus momentos felizes e os seus momentos sombrios. Neste dia, far-nos-á bem pensar na nossa história, olhar para Jesus e, do fundo do coração, repetir-lhe muitas vezes – mas com o coração, em silêncio – cada um de nós: «Lembra-Te de mim, Senhor, agora que estás no teu Reino! Jesus, lembra-Te de mim, porque eu tenho vontade de me tornar bom, mas não tenho força, não posso: sou pecador, sou pecadora. Mas lembra-Te de mim, Jesus! Tu podes lembrar-Te de mim, porque Tu estás no centro, Tu estás precisamente no teu Reino!». Que bom! Façamo-lo hoje todos, cada um no seu coração, muitas vezes: «Lembra-Te de mim, Senhor, Tu que estás no centro, Tu que estás no teu Reino!»
A promessa de Jesus ao bom ladrão dá-nos uma grande esperança: diz-nos que a graça de Deus é sempre mais abundante de quanto pedira a oração. O Senhor dá sempre mais – Ele é tão generoso! –, dá sempre mais do que se Lhe pede: pedes-Lhe que Se lembre de ti, e Ele leva-te para o seu Reino! Jesus é precisamente o centro dos nossos desejos de alegria e de salvação. Caminhemos todos juntos por esta estrada!
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Encerrando o Ano da Fé .
Com a celebração da Festa de Cristo Rei do Universo, neste domingo, dia 23, a Igreja Católica no mundo inteiro se une, de maneira especial, ao Papa Francisco, no encerramento do Ano da Fé. O Papa emérito Bento XVI foi quem convocou a vivência do Ano da Fé, iniciado em 11 de outubro de 2012, quando se celebrava o cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Uma data relevante para a vida e missão da Igreja na sua tarefa de fazer de todos discípulos e discípulas de Jesus. O grande propósito deste Ano da Fé foi exatamente a oportunidade para um aprofundamento, compreensão e vivência da fé como experiência de encontro pessoal com Jesus, única pessoa que pode dar à vida, de maneira duradoura, um novo horizonte e, com isto, como afirmou o Papa Bento XVI, na sua Carta Encíclica Deus é Amor, uma direção decisiva.
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Nessa oportunidade oferecida, como necessidade permanente, está a importância de apropriações conceituais fundamentais que norteiam a vida de modo diferente, qualificando-a a partir de sua compreensão como dom de Deus. É claro que a fé não é uma simples apropriação de conceitos. A importância deles na vivência do dom da fé se define pela luz própria que a razão indispensavelmente traz para que a pessoa avance na direção da verdade que liberta completamente. O bem-aventurado João Paulo II, na sua Carta Encíclica sobre a Fé e a Razão, introduz esta temática sublinhando que “a fé e a razão são como duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade”. João Paulo II completa lembrando-nos que “foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a Ele, para que o conhecendo e amando-o, possa também chegar à verdade plena sobre si”.
A razão é uma alavanca decisiva no caminho da vida humana, na vivência da história, na construção da sociedade. É convincente e fácil de perceber, analisando a história, que os descompassos da humanidade vieram das irracionalidades. Basta pensar sobre guerras, exclusão social, manipulações e totalitarismos. Determinante também é o dom da fé. Sua profunda compreensão e sua vivência qualificam a cultura, corrigem os rumos da história e iluminam o caminho da humanidade, proporcionando a experiência de sentido que faz a vida valer a pena, ser construída com dignidades e altruísmos insuperáveis.
O dom da fé é uma experiência que avança para além da razão, na sua notável propriedade de alcançar lucidez para encontrar soluções. A luz da fé permite lidar com questões que estão inevitável e inexoravelmente no horizonte da existência humana: “Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existirá depois desta vida?” Somente a fé permite lidar com o mistério que estas interrogações tocam, proporcionando uma compreensão coerente. Esta consideração convence de que a fé não se reduz a simples sentimento. Também não pode ser compreendida como um caminho que simplesmente traz soluções imediatistas, para desgastes existenciais comuns na contemporaneidade. Menos ainda deve ser buscada como produção de experiências milagreiras, promessa de mesquinhas prosperidades e clamorosas manipulações, advindas do usufruto irracional das fragilidades humanas.
O ano especial que se encerra no próximo domingo reforça a importância de se viver a fé como dom. Concretamente, vale prestar atenção, analisar e avaliar, como exemplo, o grande patrimônio de trezentos anos da cultura mineira. Nele se pode constatar convictamente o papel decisivo e qualificador da fé cristã, particular e reconhecida referência à fé cristã católica, gerando um conjunto cultural, histórico, artístico e religioso que abrange toda a Minas Gerais. Este Ano da Fé, relembra o Papa Francisco, na sua primeira Carta Encíclica, permitiu viver, cotidianamente, o empenho para recuperar o caráter de luz que é próprio da fé. O Papa lembra que quando esta luminosidade se apaga, todas as outras luzes acabam por perder o seu vigor. A fé é o caminho para o amor, que verdadeiramente transforma a vida. É hora de investir na vivência autêntica, profética e comprometida da fé, na cultura da paz, apelo e meta no encerramento deste ano especial.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Término do Ano da Fé
Neste ano, na Festa de Cristo Rei, finalizando o Ano Litúrgico, também encerramos o Ano da Fé. Foi tempo (11/10/2012 a 24/11/2013) de reflexões, encontros, simpósios e outras iniciativas, numa tentativa de revitalização da fé e motivação para uma vivência cristã mais comprometida com a missão da Igreja.
A fé é dom de Deus, mas passa pelos caminhos da cruz, onde Cristo foi proclamado “rei dos judeus”. É o reinado da fé, um ato de obediência e de seguimento consciente do reino do alto, diferente do reino puramente terreno. Reino da doação, da construção de valores que irrompem na cultura secularizada.
Na história da vida humana, enfrentamos malfeitores e atitudes que desqualificam a identidade do indivíduo. Diante de tudo que acontece na convivência, somos compelidos a fazer escolhas, de aceitar ou repelir as diversas propostas do bem. Isto reflete as atitudes emanadas dos dois crucificados na cruz com Jesus Cristo.
"Na dimensão de fé, o 'rei' existe para servir e não para ser servido. Pior ainda quando explora a insensibilidade de seus dirigidos".
“Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43). Aquele que foi qualificado como “bom ladrão”, consciente de seus atos escusos, expressa uma situação própria pedida pelo do Ano da Fé. Ele reconhece seus erros e entende a infinita misericórdia do Senhor. Recupera sua prática de fé e é acolhido na “mansão dos vivos”.
O verdadeiro rei seja político, líder, pai ou mãe, não pode ser avesso às exigências de seu público. Em concreto, é um a serviço de todos, tendo os mesmos sentimentos que expressam o querer social. Na dimensão de fé, o “rei” existe para servir e não para ser servido. Pior ainda quando explora a insensibilidade de seus dirigidos.
Viver intensamente a fé em Deus é fazer um ato de libertação. Resgatar a humanidade das condições de opressão, dos antivalores do mundo, que impedem a realização dos meios pelos quais acontece o “já” e o “ainda não” da plenitude da vida. O “rei” que não tem princípios de fé não consegue enxergar as realidades mais profundas da dignidade da pessoa humana e não põe em prática os valores do reino divino.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
Ser caridoso e solidário
A juventude é uma fase importante, de transição. É quando se forma a personalidade, firmam-se os valores e quando mais se ganha maturidade. Etapa importante e que precisa ser aproveitada – para crescer socialmente e espiritualmente. Por isso consideramos fundamental que, neste momento, seja desenvolvido no coração os sentimentos de caridade e solidariedade.
Você deve estar se perguntando: mas existe diferença nestas palavras?
Embora ambas as palavras traduzam próximos e bons valores, existe diferença, sim. A caridade é a benevolência para com todos, o perdão das ofensas e a indulgência para as imperfeições. Ela também se contempla através do amor ao próximo: é proveniente da compaixão, do sentimento de pesar e da vontade de ser um agente de transformação de vidas.
Já ser solidário é ter interesse em ajudar – e o ato de ajudar – o próximo. Ela se manifesta através de um sentimento de entreajuda, onde pessoas se apoiam mutuamente em busca de virtudes e melhorias. Solidariedade não é só doação; é troca.
Estes atos fazem um mundo de diferença para quem precisa, e são valores que devem estar presente na família, sendo passado dos pais para os filhos.
E, se você pensa que, para ser solidário ou caridoso é preciso doar objetos, dinheiro ou bens materiais, está muito enganado. É claro que esse tipo de doação é necessário, principalmente quando nos referimos aos mais pobres e marginalizados. Porém, atitudes também podem fazer de nós pessoas caridosas. Veja alguns exemplos:
- ser presente e prestativo;
- ser aberto ao diálogo com nossos amigos e familiares;
- ser conselheiro, evangelizar e proclamar os ensinamentos de Cristo;
- ser paciente;
- ser honesto;
- compreender as falhas alheias sem fazer julgamentos;
- cumprir regras para uma boa convivência;
- falar com doçura, sem exagerar no tom de voz;
- falar sempre palavras carinhosas e positivas.
São essas atitudes que nos transforam em pessoas boas e agradáveis. Estas ações devem pautar a vida de quem preza por equilíbrio e felicidade, pois nos distanciam do egoísmo, nos aproximando de Deus.
Como diz um canto católico: “De mãos estendidas ofertamos, o que de graça recebemos”. O simples verso traduz como devemos colocar em prática a solidariedade e a caridade: muitas vezes a vida nos proporciona coisas simples e maravilhosas, como pessoas de bem ao nosso redor, estabilidade financeira, paz familiar, conforto espiritual, saúde, entre outras bênçãos que recebemos de graça. E tantas outras pessoas não têm a mesma oportunidade de recebê-las. Nestas situações, devemos reconhecer nossas abundâncias, sentir compaixão e nos doar para o próximo, ofertando aquilo que temos a quem não tem.
No encerramento do Ano da Fé, o Papa Francisco entregará Exortação Apostólica “A alegria do Evangelho” (Evangelii gaudium)
Na Missa a que presidirá domingo, dia 24, na Praça de São Pedro, para encerrar o Ano da Fé, Papa Francisco fará a entrega da Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”. Se Bento XVI tinha publicado, em outubro de 2011, a Carta Apostólica “Porta fidei”, a ilustrar as razões e objetivos da iniciativa que agora chega a termo, o novo texto papal deverá antes relançar as conclusões da assembleia do Sínodo dos Bispos, de outubro do ano passado, sobre “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Nesta celebração de domingo participam especialmente uns 500 catecúmenos, de 47 diferentes nacionalidades, dos quatro cantos do mundo, da China e Mongólia à Rússia, do Egito e Marrocos a Cuba. Os responsáveis do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (que coordenaram também as iniciativas, em Roma, do Ano da Fé), ilustraram segunda-feira, em conferência de imprensa, os principais momentos que o caracterizaram e os acontecimentos desta última semana. D. Rino Fisichella, presidente daquele dicastério romano, referiu os mais de oito milhões e meio de peregrinos que ao longo destes doze meses rezaram junto do túmulo de São Pedro. Um pequeno dado, apenas, da multiplicidade de iniciativas que decorreram em todo o mundo, neste Ano da Fé. Na celebração deste próximo domingo, o Santo Padre fará a entrega simbólica da “Alegria do Evangelho” a 36 pessoas, de 17 diferentes países, representando a diversidade de situações no interior da Igreja e na sociedade: um bispo, um padre e um diácono; um religioso e uma religiosa; um seminarista e uma noviça; uma família; pessoas recentemente crismadas; catequistas; jovens; representantes de confrarias e de movimentos eclesiais; e finalmente, dois artistas (um escultor japonês e uma pintora polaca) e dois jornalistas. A um invisual, o Papa entregará a Exortação Apostólica em versão auditiva – um CD-ROM.
Em Roma, nestes dias, de sublinhar a visita que o Papa fará ao Mosteiro das Monjas Camaldolesas, na colina do Aventino, na tarde de quinta-feira, 21 de novembro, Dia “Pro orantibus”, Jornada das Religiosas de Clausura. O Santo Padre deter-se-á em oração com aquelas religiosas, rezando Vésperas, que integrarão um tempo de adoração eucarística. Sábado, de tarde, na basílica de São Pedro, Papa Francisco terá um encontro com os catecúmenos, acompanhados dos respectivos catequistas. No âmbito de uma liturgia da Palavra, o Santo Padre falará do significado da vida nova em Cristo e do ser discípulo seu. Realizará também o rito de admissão ao Catecumenado de novos candidatos ao Batismo. Na missa de domingo, na Praça de São Pedro (esperando que não chova), participarão os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas (católicas) de rito e tradição oriental que tomam parte esta semana, no Vaticano, na Assembleia plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, que tem como tema “A situação dos Cristãos orientais” (tendo presentes três áreas – Médio Oriente, Europa oriental e Índia, e as respectivas comunidades da diáspora). Estes Patriarcas e Arcebispo terão um encontro com o Papa na quinta-feira de manhã.
Entretanto entrou em funções o novo Secretário de Estado, D. Pietro Parolin, ao qual um inesperado problema de saúde tinha impedido de participar, a 15 de outubro, na cerimônia da passagem de responsabilidades da parte do cardeal Tarcisio Bertone, com a participação do Papa. Operado de urgência em Pádua, D. Parolin regressou a Roma ao fim de um mês de convalescença. Fica a morar com o Papa Francisco na Casa de Santa Marta. Já nesta segunda-feira exerceu as suas funções recebendo o primeiro-ministro das Bahamas, que acabava de ser recebido pelo Papa.(PG)
Fonte da Notícia: news.va
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
O que é ter fé?
Ter fé é tornar possível o impossível. É ter o dom de acreditar no bem, no milagre. É promover a esperança. E ela precisa ser o ponto inicial dos nossos empreendimentos para nos dar força de ir além.
A palavra “fé” tem sua origem na palavra “fides”, que é proveniente do latim, e significa confiança. Em definição pelo dicionário Priberam, a fé é a “adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro”. Portanto, é o sentimento de crer em princípios, e, por isso, é tão ligada à religiosidade e às verdades proclamadas por Deus.
De acordo com o Youcat, fé é conhecimento e confiança, e tem sete características:
- A fé é uma pura dádiva de Deus, que nós obtemos se intensamente pedirmos.
- A fé é a força sobrenatural de que necessariamente precisamos para alcançar a salvação.
- A fé requer a vontade livre e a lucidez do ser humano quando ele se abandona ao convite divino.
- A fé é absolutamente segura porque Jesus o garante.
- A fé é incompleta enquanto não se tornar operante no amor.
- A fé cresce na medida em que escutamos cada vez melhor a Palavra de Deus e permanecemos com Ele, na oração em vivo intercâmbio.
- A fé permite-nos já a experiência do alegre antegozo do Céu [153-165, 179-180, 183-184].
Então, a confiança no divino é a chave para alcançar a plenitude. Ser fiel às nossas crenças eleva nossa espiritualidade, e é o que torna fácil a superação das barreiras na vida.
Fé e juventude – Os jovens que creem no poder da religiosidade e na compaixão infinita de Cristo, de fato, são mais felizes e completos. Eles têm um forte alicerce diante dos momentos de dúvida e das dificuldades. Quando testemunhos da fé cristã, a juventude, autêntica e cheia de vida, tem papel fundamental na missão de evangelizar: o poder de proclamar a fé e alimentar a esperança do próximo.
“Se tens fé, nada será impossível” (Mateus, 17:20)
O que foi Ano da Fé?
Querido blogueiro, venho nesta postagem partilhar convosco sobre como eu vivenciei o ano da fé, e olhando como foi todo percurso desse ano da deslumbrante, tão sublime para todos nós cristãos católicos, convictos de nossa fé, fé no Cristo Jesus, fé em sua palavra e em seus ensinamentos. Primeiro medite comigo este versiculo da Biblia: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente."
(Hebreus 11:1-3) São Paulo vem nos mostrar o que é fé e que atravez dela muitos escolhidos de Deus receberam a herança eterna. Com toda sua sabedoria o então Papa emérito Bento XVI iluminado pelo Espirito Santo abriu-nos o ano da fé, este ano da fé serviu para que eu procurasse saber mais sobre a nossa fé católica, alimentasse melhor a minha fé no Cristo senhor, e procurasse reavivar a minhar fé com a força do Espirito santo. Vivenciei o ano da fé lendo mais a Palavra de Deus, estudando alguns documentos da Igreja, conheci melhor a Igreja Católica, realizei na minha casa encontros com crianças para ajuda-las a alimentar a fé delas no Cristo jesus. O que fiz não teria nenhum valor se não fosse unicamente para a glória de Cristo, é para ele que vivo, sou cristão católico por causa dele. Aprendir que a fé Católica é unica, não se divide, não procura agradar a homens mas sim a Deus. Quero agradecer a Deus pelo ano da fé, e que a cada dia ele aumente mais a nossa fé e que Maria rainha da fé ajude-no a alimentar a nosssa fé lendo a Palavra de Deus e podo em pratica os ensinamentos de Jesus. Relmente o ano da fé foi um ano de Graça e Luz em nossa vida! Paz e Bem!!!
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Por que ser Cristão Católico? (Por Matheus Pinto)
Leiamos:
" Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?
Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.
Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou?
Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!
Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" {Mt 16, 13-19}
Meus queridos bloqueiros, venho por este esclarecer algumas duvidas na medida do meu conhecimento sobre a Igreja de Cristo, a Igreja Una, Santa, Catolica e Apostolica Romana. Primeiro vamos entender o seu nome: UNA por que é uma só igreja ligada a um só pastor; SANTA por que seu fundador Jesus Cristo Nosso Senhor é Santo; CATÒLICA significa que a nossa Igreja é universal, ou seja, a onde um batizado estiver ali também estará a Igreja; ela é APOSTOLICA por que segue a linhagem dos Apostolos de Cristo, tendo como cabeça na terra depois do próprio Cristo o Santo Padre o Papa Francisco, sucessor do Apostolo São Pedro, que por sua vez foi o primeiro Papa da Igreja como vemos no pequeno trecho da Biblia (Mt 16, 18).
A Igreja é por sua vez a Santa Esposa de Cristo na terra, ele é a cabeça e noós, igreja de Cristo somos seu corpo. "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também."
(1 Coríntios 12, 4-12)
A Igreja Católica não idolatra imagem, primeiro vamos ver o que significa idolatria: A palavra idolatria herda dos radicais gregos eidolon + latreia, onde eidolon seria melhor traduzido por "corpo", e latreia significando "adoração" - neste sentido representaria mais uma adoração às aparências corporais do que de imagens simplesmente. Vejamos: "Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele." (Êxodo 25:18-19) Passagem em que Deus ordena a Moisés a confecção de duas imagens de anjos para a Arca da Aliança. Segundo a Igreja, "«a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original» e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada»20 . A honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma adoração, que só a Deus se deve", ou seja, segundo a Igreja Católica, as imagens são para venerar, lembrar daqueles que souberam amar a Cristo em seus irmãos, mas a adoração é devida somente para a Deus. Acreditamos que Deus condena o uso de imagens como ídolos de falsos deuses. A teologia da Igreja baseai-se principalmente nos trabalhos de João Damasceno, um dos doutores da Igreja.Para nós o mandamento bíblico do Antigo Testamento, que proíbe a confecção de imagens de Deus, devia-se ao fato de que Deus era invisível e retratá-lo seria realmente errado, mas que a encarnação de Deus em seu Filho Jesus Cristo, "O Verbo se fez carne" (Jo 1:14), assim o Deus invisível se tornou visível em Cristo (Colossenses 1:15) e, portanto é admissível que se retrate Jesus para que lembremos quem ele foi, sabendo que Jesus não está preso naquela imagem, de jeito nenhum, Jesus está vivo.
A Igreja Católica ensina que os fiéis sabem "que nas imagens não há nenhuma divindade ou virtude (...) para ser adorada, que os pedidos não podem ser dirigidos as imagens (...) Que a honra que é dada a elas se refere às pessoas (prototypa) que representam, para que através das imagens que nós beijamos, e diante do qual (...) nós adoramos a Cristo, e veneramos os santos".
A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) explica o Catecismo em seu livro intitulado United States Catechism for Adults (em português: Catecismo para adultos dos Estados Unidos), publicado em 2006, que a idolatria nos tempos antigos expressou-se na adoração de coisas tais como o "sol, lua, estrelas, árvores, touros, águias e serpentes", bem como "imperadores e reis". Este catecismo norte-americano explica que hoje a idolatria manifesta-se na adoração de outras coisas e lista algumas como "poder, dinheiro, bens materiais e desportos."
João disse-lhe: Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos.
Jesus, porém, disse-lhe: Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim.
Pois quem não é contra nós, é a nosso favor.(Mc 9, 38-40)
Não briguemos por religião, tudo que fazemos é em nome de Cristo Jesus, e respeitamos os diferentes credos religiosos, claro que em nossas comunidades sejam elas Católicas ou protestantes existem ainda pessoas que falam mal, resultado de quem não leva a palavra de Jesus a sério, mas devemos lutar e fazer com que o amor de Cristo prevaleça no meio de nós.
Ser Cristão Católico, é ser comprometido com o Evangelho de Cristo, amando meu proximo como a mim mesmo e pondo em pratica o testemunho de Jesus e de seus santos.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Carta a um devoto do Coração Imaculado de Maria - Santo Antônio Maria Claret
Santo Antônio Maria Claret
Estimado senhor: acabo de receber sua estimadíssima carta, com que me pede que diga alguma coisa para crescer cada dia mais e mais na devoção do Imaculado Coração de Maria. Querido amigo, não podia pedir-me coisa melhor, do que mais gosto. Eu gostaria que todos os cristãos tivessem fome e sede desta devoção. Ame, amigo meu, ame e ame muitíssimo a Maria (1).
E para que possa aumentar em pontos a sua devoção e satisfazer seus desejos, lhe direi que devemos amar Maria Santíssima: primeiro, porque Deus o quer. Em segundo lugar, porque ela o merece. E em terceiro, porque nós precisamos, por ser ela um poderosíssimo meio para obter todas as graças corporais e espirituais e finalmente, a salvação eterna (2).
1. Deus o quer
Devemos amar Maria Santíssima porque Deus o quer. Amar é querer bem ao amado, é fazer-lhe bem, é fazer-lhe participante de seus bens (3), pois o mesmo Deus nos dá exemplo e nos excita a amar Maria. O eterno Pai a escolheu por Filha sua muito amada; o Filho eterno a tomou por Mãe e o Espírito Santo, por Esposa; toda a Santíssima Trindade a coroou como Rainha e Imperatriz dos céus e terra e a constituiu dispensadora de todas as graças (4).
Você deve saber, amigo meu, que Maria Santíssima é obra de Deus e é a mais perfeita que saiu de suas mãos depois da humanidade de Jesus Cristo; nela brilham de um modo particular (5) a onipotência, a sabedoria e a bondade do mesmo Deus.
É próprio de Deus dar as graças necessárias a cada criatura, segundo a finalidade a que a destina (6) e como Deus destinou Maria para ser a mãe, filha e esposa do mesmo Deus e mãe do homem, daqui se imagina que tipo de coração lhe daria e com que graças a adornaria (7).
2. Ela o merece
Devemos amar Maria Santíssima porque ela o merece. Maria Santíssima o merece pelo acúmulo de graças que recebeu sobre a terra, pela eminência da glória que possui no céu, pela dignidade quase infinita da Mãe de Deus a que tem sido sublimada e pelas prerrogativas próprias desta sublime dignidade.
Maria foi como o centro de todas as graças e belezas que Deus tinha distribuído aos anjos, aos santos e a todas as criaturas (8). Maria tinha que ser Rainha e Senhora dos anjos e dos santos e, por isto mesmo, devia ter mais graças que todos eles, já no primeiro instante do seu ser. Maria tinha de ser a Mãe do mesmo Deus. É um princípio de filosofia que entre a forma e as disposições da matéria deve existir certa proporção (9); a dignidade de Mãe de Deus é aqui como a forma e o coração de Maria é a matéria que deve receber esta forma. Oh! Que acúmulo de graças, virtudes e outras disposições se agrupam naquele santíssimo e puríssimo coração!
Desde que Deus determinou fazer-se homem, fixou a vista em Maria Santíssima e desde então dispôs todos os preparativos necessários, a fez nascer dos patriarcas, profetas, sacerdotes e reis (10), e todas as graças destes reuniu em Maria e quis que Maria fosse a nata e a flor de todos eles. Ainda, a preparou com bênçãos de doçura e colocou sobre sua cabeça uma coroa de pedras preciosas (11), isto é, graças e belezas; mas muito mais enriqueceu seu coração.
No Coração de Maria devem ser consideradas duas coisas: o coração material e o coração formal, que é o amor e vontade (12).
O coração material de Maria é o órgão, sentido ou instrumento do amor e vontade (13); assim como pelos olhos vemos, pelos ouvidos ouvimos, pelo nariz cheiramos e pela boca falamos, assim pelo coração amamos e queremos (14).
Dizem os teólogos que as relíquias dos santos merecem veneração e culto: 1º porque foram membros vivos de Jesus Cristo. 2º porque foram templos do Espírito Santo. 3º porque foram órgãos da virtude. 4º porque serão instrumentos da graça e de milagres. 5º porque eles serão glorificados depois da ressurreição (15).
O coração de Maria reúne estas propriedades e muitas outras: 1º O coração de Maria não só foi membro vivo de Jesus Cristo pela fé e pela caridade, mas também origem, manancial de onde se tomou a humanidade (16). 2º O coração de Maria foi templo do Espírito Santo e mais que templo, pois do preciosíssimo sangue saído deste imaculado (17) coração o Espírito Santo formou a humanidade santíssima nas puríssimas e virginais entranhas de Maria no grande mistério da encarnação (18). 3º O coração de Maria foi o órgão de todas as virtudes em grau heróico e singularmente na caridade para com Deus e para com os homens (19). 4º O coração de Maria é um coração vivo, animado e sublimado no mais alto da glória. 5º O coração de Maria é o trono de onde se dispensam todas as graças e misericórdias.
Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Do mesmo modo como uma mulher, que deu à luz um homem, é chamada e é mãe daquele homem, assim também Maria Santíssima é e se chama, com toda propriedade, Mãe de Deus, porque o concebeu e o deu à luz; a mulher que deu à luz o homem se chama e é mãe daquele homem, que é um composto de alma e corpo e embora a alma venha somente de Deus, assim também Maria Santíssima é Mãe de Deus, porque este divino composto de pessoa divina, alma racional e corpo natural é o termo da geração nas puríssimas e virginais entranhas de Maria (20). Esta dignidade de Mãe de Deus é a que mais a enaltece, porque é uma dignidade quase infinita, porque é mãe de um ser infinito (21); é mais de quanto possui em graça e em glória. Os Doutores e Santos Padres dizem que pelos frutos se conhece a árvore, segundo consta no Evangelho; pois, que diremos de Maria, que deu à luz aquele bendito Fruto que tanto elogiou Isabel (22) quando disse: “Bendito o fruto do teu ventre! De onde me vem tanta honra, que a mãe do meu Senhor venha a mim?” (23).
Diz Santo Tomás que o fogo não pega na lenha até que esta tenha os mesmos graus de calor que aquele (24); pois bem, se para que do sangue do coração de Maria se formasse a humanidade à qual se devia juntar a divindade era preciso que tivesse uma disposição quase divina, que diremos agora de Maria se, além de ser considerada Mãe de Deus, juntamos as demais graças que depois recebeu de Jesus? (25). Jesus por onde passava fazei o bem a todos (26), mais ou menos segundo a disposição com que os encontrava; que pensaremos das graças e benefícios que dispensaria a Maria, em quem passou não rapidamente, mas que esteve em suas entranhas por nove meses e a seu lado por trinta e três anos, e achando-se sempre com as melhores disposições e preparação para receber os benefícios de Jesus? A estas graças devem juntar-se também as que recebeu do Espírito Santo no dia de Pentecostes e, além disso, devem ser acrescentadas as que ela conseguiu com o exercício de tantas e tão heróicas virtudes em todo o decurso da sua santíssima e longa vida, acompanhada daquela contínua e fervorosa meditação (27) em que, segundo o profeta, se acende a chama do divino amor (28). Ao considerar São Boaventura a graça de Maria, exclama dizendo: “A graça de Maria é uma graça imensa, múltipla”: Gratia Mariae, gratia est immensissima, gratia multiplicissima *29.
Não só devem ser consideradas as graças que Maria obteve para ser e por ter sido Mãe de Deus e as graças que recebeu de Jesus Cristo, do Espírito Santo e ela conseguiu com sua cooperação, mas também é indispensável fixar a atenção na multidão de incomparáveis prerrogativas que tão grande dignidade lhe tem dirigido. Faremos referência a algumas:
1ª De ter sido preservada do pecado original, ao qual estaria sujeita se não tivesse sido destinada para ser Mãe do mesmo Deus; para isto, Deus a dotou de um coração imaculado, puríssimo, castíssimo, humilíssimo, mansíssimo, santíssimo, pois do sangue saído deste coração formou o corpo do Deus feito homem.
2ª De ter concebido e dado à luz no tempo aquele mesmo Filho de Deus que o eterno Pai havia gerado na eternidade (30). Não duvide, diz São Boaventura, o eterno Pai e a Virgem sagrada tiveram um mesmo e único filho (31).
3ª Assim como o eterno Pai teve este divino Filho sem perder nada da sua divindade, assim também a santíssima Virgem Maria concebeu e deu à luz este mesmíssimo Filho sem o menor detrimento da sua santíssima virgindade.
4ª De ter tido um legítimo poder para mandar no Senhor absoluto de todas as criaturas, pois este é um direito que a natureza dá a todas as mães; direito ao qual quis sujeitar-se com gosto, pois disse que tinha vindo não para derrogar a lei, mas para cumpri-la com mais perfeição que os demais homens (32); e o evangelista São Lucas nos dá testemunho de como obedecia a sua Mãe e a São José: Et erat subditus eis (33). Mas este direito é uma honra a Maria Santíssima, que São Bernardo diz que não sabe o que é mais digno de admiração, se Jesus obedecer a Maria ou Maria mandar em Jesus; porque, diz o Santo, que Deus obedeça a uma mulher é uma humildade única e que uma mulher mande em um Deus é uma elevação sem igual (34).
5ª Ter sido a esposa do Espírito Santo de uma maneira infinitamente mais nobre que outras virgens, pois, as outras somente merecem ser aliadas a este divino esposo quanto à alma, enquanto que Maria tem sido não só quanto à alma, mas também quanto ao corpo, embora da maneira mais casta. A aliança que existiu entre o Espírito Santo e as virgens castas só tem servido para a produção dos atos de virtudes, mas a aliança entre este divino Espírito e Maria Santíssima tem produzido de uma maneira inefável o Senhor das virtudes, Cristo Senhor Nosso.
6ª Tem sido como o termo, por assim dizer, e a coroação da Santíssima Trindade: Maria universum sanctae Trinitatis complementum (35), porque produziu o mais excelente fruto da sua fecundidade ad extra, como dizem os teólogos; quer dizer, produziu um Deus homem. Maria produziu um sujeito capaz de dar à Santíssima Trindade uma honra tal como a Santíssima Trindade merece; honra que todas as criaturas juntas, e mesmo estas se multiplicando muitíssimas vezes, não eram capazes de pagar como o faz o Filho de Maria, Deus e homem verdadeiro.
7ª Em ter sido feita Rainha e Senhora de todas as criaturas por ter concebido e dado à luz o Verbo divino, por quem foram feitas todas as coisas, como diz São João (36).
3. Eficácia desta devoção
Devemos amar Maria e ser seus verdadeiros devotos porque a devoção a Maria Santíssima é um meio poderosíssimo para alcançar a salvação. É a razão pela qual Maria pode salvar seus verdadeiros devotos, porque quer e porque o faz (37). Maria pode, porque é a porta do céu; Maria quer, porque é a mãe de misericórdia (38); Maria o faz, porque ela é a que obtém a graça justificante aos pecadores, o fervor aos justos e a perseverança aos fervorosos (39); por isto, os Santos Padres a chamam de resgatadora dos cativos, o canal da graça e a dispensadora das misericórdias (40). Por isto se disse que o ser devoto de Maria é um sinal de predestinação, assim como é uma marca de reprovação o não ser devoto ou adversário de Maria (41).
A razão é muito clara. Ninguém pode salvar-se sem o auxílio da graça que vem de Jesus, como cabeça que é da Igreja ou corpo, e Maria é (42) como o pescoço que junta, por assim dizer, o corpo com a cabeça; e assim como o influxo da cabeça no corpo deve passar pelo pescoço, assim, pois, as graças de Jesus passam por Maria e se comunicam com o corpo ou com os devotos, que são seus membros vivos: In Christo fuit plenitudo gratiae sicut in capite fluente; in Maria sicut in collo transfundente (43).
Maria pelos Santos Padres é chamada escada do céu, porque por meio de Maria Deus desceu do céu e por meio de Maria os homens sobem ao céu (44). E quando a Igreja diz que esta Rainha incomparável á a porta do céu e a janela do paraíso (45), nos ensina com estas palavras que todos os eleitos, justos ou pecadores, entram na mansão da glória por seu intermédio; com esta única diferença, que os justos entram por ela como pela porta diretamente, mas os pecadores pela janela (46), que é Maria; pela escada, que é Maria (47). Portanto, amigo meu, em Maria, depois de Jesus, devemos colocar toda nossa confiança e esperança da nossa eterna salvação. Haec peccatorum scala, haec mea maxima fiducia est, haec tota ratio spei meae (48). Unica peccatorum advocata, portus tutissimus, naufragantium omnium salus (49). Peccatorem quantumlibet foetidum non horret... donec horrendo Judici miserum reconciliet (50).
Oh! Feliz é aquele que invoca Maria com confiança, pois alcançará o perdão dos seus pecados, por muitos e por graves que sejam; alcançará a graça e, finalmente, a glória do céu, que tanto desejo a você e a todos.
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NOTAS
(*) O título completo é: Carta a um devoto do puríssimo e imaculado Coração de Maria. O original autografado se encontra em Mss. Claret, VIII, 521‑535. Deste original se fizeram as seguintes edições: Carta inédita do Beato Claret sobre o Coração de Maria: Boletim Secretariado Claretiano, janeiro-março 1940, n. 67‑69 pp. 2‑4; Carta inédita do Beato Pe. Claret sobre o Coração de Maria: Iris de Paz 56 (1942) 1157‑1158 49‑50 (assim a numeração do tomo); Carta a um devoto do imaculado Coração de Maria: Boletim interno da Prov. da Catalunha CMF, número extra, 67‑69, julho‑setembro 1949, pp. 47‑52; Carta a um devoto do puríssimo e imaculado Coração de Maria em Santo Antônio Maria Claret, Escritos autobiográficos e espirituais (BAC, Madrid 1959) pp. 766‑772; Lozano, J. M.,O Coração de Maria em Santo Antônio Maria Claret (Ed. Coculsa, Madrid 1963) pp. 223‑239; Gil, J. M., Epistolário de Santo Antônio Maria Claret (Ed. Coculsa, Madrid 1970) vol. 2 pp. 1497‑1506 (edição crítica); No centenário de Santo Antônio Maria Claret, apóstolo da devoção ao imaculado Coração de Maria; texto íntegro de uma carta de Santo Antônio Maria Claret sobre o amor que devemos a Maria Santíssima: Cruzado Espanhol 13 (1970) 167‑168.
* 1 Não sabemos quem fez esta petição ao Santo. Talvez uma das muitas pessoas dirigidas por Claret ou talvez um dos seus missionários. O certo é que o Santo aproveita a petição para escrever um breve tratado sobre a devoção ao Coração de Maria. “Você não podia pedir coisa melhor”, diz a seu destinatário. Aqui se vê uma vez mais, a in tensa devoção mariana do Padre Claret, que o acompanhou por toda a vida, desde a infância (cf Aut. n. 43‑55) até sua morte (cf Obsequio 1870 Claret, Escritos autobiográficos [BAC Madrid 1981] pp. 587‑588). Sobre sua devoção cordimariana cf Viñas, J. M., A devoção ao Coração de Maria segundo os ensinamentos do Beato Padre Claret: Bol. Prov. Catalunha CMF 11 (1949) 201‑225; Tisnés, R. M., Santo Antônio Maria Claret e Coração de Maria: Bol. Prov. Colômbia CMF 9 (1952) 44‑61.191‑203.255‑268; Ramos, C., Um apóstolo de Maria (Barcelona 1954) 368 págs.; Lozano, J. M., O Coração de Maria em Santo Antônio Maria Claret (Madrid 1963) 286 págs.; Leghisa, A., O Coração de Maria e a Congregação no momento atual (Roma 1978) 62 págs.
*2 Cf. Ducos, J.‑Ch., Le pasteur apostolique (Paris 1861) t. 1 p. 438. Claret toma a estrutura da carta deste autor e o segue de perto na redação de alguns parágrafos.
*3 Cf. Santo Tomás,Summa theol. 2‑2 q. 23 a. 1c.
*4 No original autografado, o Pe. Claret cancelou a frase seguinte: «A fim de que nós a amemos e a ela acudamos sempre» (Mss. Claret, VIII, 522). Este parágrafo, que fala das relações da Virgem com a Santíssima Trindade, tomou também de Ducos (o. c., p. 438). Já em outras ocasiões o Santo tinha indicado esta mesma doutrina (cf.Carta pastoral sobre a Imaculada [Santiago de Cuba 1855] pp. 3, 5 y 37; O colegial instruído [LR, Barcelona 1861] t. 2 p. 501).
*5 No original autografado “partar”.
*6 Cf Santo Tomás, Summa theol. 3 q. 27 a. 4c. Na segunda edição do opúsculo claretiano Tardes de verão na real Chácara de Santo Ildefonso chamado A Granja (LR, Barcelona 1865, p. 121) se lêem estas palavras: «É regra geral que, quando Deus escolhe uma criatura racional para uma dignidade singular ou para um estado sublime, lhe dá todos os carismas de graça que à dignidade ou estado de dita pessoa são necessários e convenientes a seu esplendor» (São Bernardino de Sena, Sermo 10 a. 2 c. 1: Opera [Venetiis 1591] t. 3 p. 118 col. 2). Citado por Santo Alfonso Maria de Ligorio, As glórias de Maria (Barcelona 1870) pp. 197‑198.
*7 Claret vê a filiação mariana, sobretudo, através do Coração de Maria, que encerra dois aspectos principais: um amoroso e outro militante. Maria é a Mãe do Amor Formoso (cf. Aut. n. 447; Religiosas em suas casas [Barcelona 1850] p. 147): “Mãe do Amor Formoso..., concedei a todos os justos este divino amor; vo-lo rogo pelo amor que Deus vos tem” (ib., p. 155). O Coração de Maria é “frágua e instrumento do amor” (Aut. n. 447) e representa toda a vida interior da Virgem Maria, sendo habitação e paraíso de Deus (cf. Religiosas em suas casas, ed. cit. p. 105), centro de suas recordações e meditações (cf. A colegial instruída [Madrid 1864] pp. 423‑424) e cópia exata do Coração de Jesus (Mss. Claret, VIII, 501: “O Coração de Maria é a cópia mais exata do Coração de Jesus”. Mas o Coração de Maria é, ainda, manancial de força apostólica. Assim o viu na Arquiconfraria do Coração de Maria por ter lido e por experiência própria. “Ontem, escreve a D. Caixal, no dia 2 de agosto de 1847, fundamos a Arquiconfraria do Coração de Maria. Agora vamos continuar a novena. Já fiz e dá fruto. Muita gente assistiu a função. São muitas as paróquias que a pedem” (EC, I, pp. 234). E poucos dias depois, no dia 12 de agosto, lhe diz: “Quisera que se fizesse correr pela terra e por toda a Espanha a novena ao Coração de Maria” (EC, I, p. 236). O mesmo adjetivo imaculado, com que designa sempre o Coração de Maria, indica o aspecto apostólico e militante desta devoção, como sucede ao falar da Imaculada. Tanto o aspecto amoroso como o militante os tem presentes, sobretudo, quando comenta o nome de Filhos do Imaculado Coração de Maria dado a seus missionários (cf. Aut. n. 492‑494; Viñas, J. M., art. cit., pp. 201‑225).
*8 Cf. Ducos, J.‑Ch., o. c., pp. 438‑439.
*9 Cf. Santo Tomás, Summa theol. 3 q. 27 a. 5.
*10 Cf. Claret, Tardes de verão, ed. cit., p. 173.
*11 Cf. Sal 20, 4.
*12 Cf. Gallifet, J. De l’excellence de la dévotion au Coeur adorable de Jésus‑Christ (Paris 1861) t. 1 p. 46ss; Mss. Claret, VIII, 502.
*13 Cf. Gallifet, J., o. c. pp. 264ss.
*14 Cf. Castiglione, L., Il Cuore di Maria aperto a tutti (Napoli 1850) p. 4, Mss. Claret, VIII, 502.
*15 «Se veneramos as relíquias dos santos, quanto mais o Coração de Maria! Que relíquia tão insigne!» (Mss. Claret, VIII, 503). Este mesmo argumento utilizavam São João Eudes e o P. Gallifet (o. c., p. 75).
*16 Devido ao influxo de Gallifet, o coração como órgão material ocupa aqui o primeiro plano, no entanto, Claret insiste quase sempre no coração espiritual e no que ele significa e representa.
*17 No original autografado, o Santo cancelou a palavra “puríssimo” e escreveu encima “imaculado”.
*18 Os escritores espirituais indicaram com freqüência as relações existentes entre o Coração de Maria e a encarnação do Verbo. M. Agreda fala das três gotas de sangue do Coração de Maria com as que as três pessoas da Trindade formaram o corpo do Senhor (cf. Mística cidade de Deus, LR [Barcelona 1860] t. 3 p. 239). A isto alude São João de Ávila em um sermão sobre a Assunção (cf. Obras completas, BAC [Madrid 1970] t. 3 p. 168). Caetano havia combatido esta teoria, chamando-a «erro novo nascido em nossos dias». O Padre Claret tinha feito alusão a esta opinião no Catecismo explicado (Barcelona 1849, p. 69). Em 1864, ao ser submetido o Catecismo único à censura de Roma, o censor pediu que se tirasse a menção das três gotas de sangue, fundando-se no comentário de Caetano a Santo Tomás (q. 31 a. 6). O Santo suprimiu o lugar citado pelo censor e achou dois argumentos que o convenceram: o ser contrário à Sagrada Escritura e à maternidade divina de Maria, marcando à margem ditas passagens (cf. Summa theologica cum Commentariis Thomae de Vio Cardinalis Caietani [Roma 1773] t. 7 p. 401. Ex libris). Desde então nas edições do Catecismo se suprimiu esta menção e o Santo corrigiu o texto desta carta, acrescentando as palavras “saída” e “nas entranhas de Maria”. Isto nos permite datara a Carta a um devoto do puríssimo e imaculado Coração de Maria, que foi redigida não muito antes de abril de 1864, data em que recebeu a censura romana do Catecismo (cf. Fernández, C., O Beato Antônio Maria Claret [Madrid 1946] t. 2 p. 547).
*19 Cf. Gallifet, J., o. c., p. 264ss.
*20 Cf. Claret, Tardes de verão, ed. cit., p. 123; Santo Tomás, Summa theol. 3 q. 35 a. 4c.
*21 Cf. Santo Tomás de Vilanova, Sermão 3 para a Natividade dede Nossa Senhora: Obras, BAC (Madrid 1952) p. 203. Afirmações parecidas se encontram em São Bernardino, São Boaventura e Suarez (cf. Santo Alfonso Maria de Ligorio, As glórias de Maria [Barcelona 1870] pp. 332‑334).
*22 No original autografado, cancela, “que exclamou Santa Isabel”.
*23 Lc 1, 42. Claret toma este parágrafo quase literalmente de Ducos, J.‑Ch., o. c., p. 440.
*24 Cf.Summa Theol. 3 q. 27 a. 5 ad 2. O exemplo de Santo Tomás se refere à preparação da Virgem Maria para a maternidade divina.
*25 Cf. Santo Tomás, ib.
*26 Cf. Atos 10, 38.
*27 Cf. Lc 2, 19: Maria... conservava todas estas coisas dentro de si, meditando-as em seu coração. Texto marcado com um traço marginal no exemplar do Novo Testamento de Torres Amat.
*28 Cf. Sal 39, 4. Frase freqüentemente citada por Claret ao falar da oração.
*29 O manuscrito autografado cita o Speculum c. 1. Se refere ao Speculum Beatae Mariae Virginis, atribuído hoje a Conrado de Saxônia (cf. Bibliotheca Franciscana Medii Aevi [Quaracchi 1904] t. 2 introd. p. 9.127).
*30 A doutrina sobre estas prerrogativas de Maria, de 2 a 7, as toma de Ducos, J.‑CH., o. c., pp. 441‑442.
*31 Cf. Speculum Beatae Mariae Virginis c. 6 p. 83. realmente, a frase citada por Conrado de Saxônia é de São Bernardo (Sermo 2 de Annuntiatione n. 2: PL 183, 391: Obras completas, BAC [Madrid 1953] t. l, p. 666).
*32 Cf. Mt 5, 17.
*33 Lc 2, 51: E lhes estava sujeito. Texto marcado no Novo Testamento de Torres Amat.
*34 Cf. Homil. 1 super “Missus est” n. 7ss: PL 183, 59ss: Obras completas, BAC, ed. cit., t. 1 p. 190.
*35 Hesíquio de Jerusalém, Homil. 2 de Beata Virgine:PG 93, 1461. Claret cita esta frase em seu livro Tardes de verão (ed. cit., p. 133). Leu em Ducos, J.‑Ch., o. c., p. 442, n. 2. O sentido da frase não é o que tradicionalmente lhe deram os autores espirituais. A palavra complementum, que responde à palavra grega pléroma, não significa no contexto de Hesíquio complemento, mas morada, habitação.
*36 Cf. Jo 1, 3.
*37 Cf. Ducos, J ‑Ch., o. c., p. 444.
*38 Cf. São Bernardo, Sermo 1 de Assumptione n. 1: Obras completas, BAC, ed. cit., t. 1 p. 703.
*39 Cf. Speculum Beatae Mariae Virginis, c. 6.
*40 Claret cancelou “graças” e escreveu encima “misericórdias”. Estas frases as toma também de Ducos, J.‑Ch., o. c., p. 42.
*41 Cf. ib., p. 443.
*42 “pescoço” apagado. Depois escreveu “como o pescoço”.
*43 O manuscrito autografado, copiando Ducos, cita São Jerônimo. Refere ao texto tradicional da Carta a Paula e Eustóquio sobre a Assunção (PL 30, 16ss), que hoje se atribui a Pascásio Radberto. Realmente, este autor não chama a Virgem Maria pescoço do Corpo místico. O primeiro que o disse foi Ubertino de Casale comentando as palavras do Pseudo‑Jerônimo (cf. Arbor vitae crucifixae); cf. São Pedro Damião, Sermo 46: PL 144,753; Santo Agustinho, Sermo 123 n. 2: PL 39,1991; De praedestinatione sanctorum 15 31: PL 44,982‑983; São Fulgêncio, Sermo 36: PL 65, 899. Também se acha esta idéia em Germano de Tournai, que afirma: «Collum inter caput et corpus medium est, caputque iungit corpori. Collum ergo sanctae Ecclesiae competenter Domina nostra intelligitur quae, inter Deum et homines Mediatrix existens, dum Dei Verbum incarnatum genuit, quasi caput corpori, Christum Ecclesiae, divinitatemque humanitati nostrae coniunxit» (Tractatus de Incarnatione Christi 8: PL 180, 30). Aparece também com nitidez em São Bernardino de Sena, que diz: «Sicut per collum spiritus vitales a capite diffunduntur per corpus: sic per virginem a capite Christo vitales gratiae in eius mysticum corpus, et specialius in amicos atque devotos, continue transfunduntur» (Sermo 5 de Nativ. B. M. V. c. 8).
*44 Cf. o hino Ave, maris stella... felix caeli porta; São Bernardo, In vigilia Nativit. Domini. sermo 3 n. 10 (PL 183, 100): «Nada quis Deus que não passasse pelas mãos de Maria» (Obras completas, BAC, ed. cit., t. 1 p. 247).
*45 São Pedro Damião, Sermo 46: PL 144, 753: «fenestra caeli, ianua paradisi..., scala caelestis», São Bernardo, In Nat. B. M. V. sermo de aquaeductu n. 7 (PL 183, 441): «scala peccatorum» (Obras completas, BAC, ed. cit., t. 1 p. 741).
*46 No original autografado escreveu: “escalando pela penitência”, frase que depois apagou.
*47 Cf. Ducos, J.‑Ch., o. c., p. 443. Recordemos que o Pe. Claret tinha escrito um opúsculo intitulado A escada de Jacó e porta do céu, ou, súplicas a Maria Santíssima (Barcelona 1846) 32 págs.
*48 São Bernardo, Sermo de nativitate de aquaeductu n. 7: Obras completas, BAC, ed. cit., t. 1 p. 741: «Esta é a escada dos pecadores, esta é minha maior confiança, esta é toda a ração da minha esperança».
*49 Santo Efrém, Sermo de laudibus Beatae Virginis: «Ela é a única advogada dos pecadores, porto muito seguro e salvação de todos os náufragos».
*50 «Não se horroriza com o pecador, embora esteja fedendo..., contanto que possa reconciliá-lo com o tremendo juiz» (São Bernardo,In deprecat. ad B. Virg.). Citado por Ducos, J.‑Ch., o. c., t. 1 p. 443 nt. 3).
NOTA: Este opúsculo claretiano foi publicado no volume: Santo Antônio Maria Claret, Escritos Espirituais (BAC, Madrid 1985) pp. 496‑506; e em: Santo Antônio Maria Claret, Escritos Marianos (Publicaciones Claretianas, Madrid 1989) pp. 382‑292.
Fonte: Claretianos
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TERCEIRA TARDE DE LOUVOR COM A MÃE PURÍSSIMA!
"Nós amamos porque primeiro Deus nos amou!" (1Jo 4, 19) Abrimos o mês da Bíblia com a Terceira Tarde de Louvor com a Mãe Puríss...
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Maria, teu lindo nome é todo encanto e luz Quando te chamo, Maria, tu logo chama Jesus Quando te chamo, Maria, tu logo chama Jesus Ao som de...
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Senhor tende piedade de nós! Cristo tende piedade de nós! Senhor tende piedade de nós! Deus Pai do céu, tende piedade de nós! Deus ...
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Maria, valei-me! Aos vossos devotos, Vinde, socorrei-nos! Vosso amor se empenha, Ó Virgem da Penha, Penha donde man...