quarta-feira, 23 de maio de 2012
Matta el Meskin: Comunhão no Amor
trad.: Pe. José Artulino Besen*
A nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. 1Jo 1,3
Pentecostes: A Promessa do Pai
A Ascensão do Senhor, já comentamos, quarenta dias após a ressurreição e o modo como ele completou a Redenção iniciada na Cruz. Quando, naquele dia, subiu e atravessou a barreira que nos separa do Pai e penetrou até o interior do véu do santuário como precursor, para nossa vantagem (cf. Hb 6,19-20), Cristo entrou com as mãos tingidas do próprio sangue e compareceu diante do Pai imolado na carne por causa de seu amor e de sua obediência. A ira de Deus pela transgressão do homem foi aplacada para sempre: o próprio Filho tornou-se oferta de expiação pela humanidade imperfeita. Daí deriva a expressão Jesus entrou por nós como precursor... Dando-nos assim uma redenção eterna (Hb 6,20; 9,12).
Por isso, através de sua ressurreição e ascensão à direita do Pai, Cristo completou o dom descido do céu, tornando perfeita a redenção e assegurando a salvação a todos que creem nele.
APÓS A REDENÇÃO
O que permanece após a redenção e a salvação é o nosso ingresso na comunhão com o Pai, o poder viver com ele no amor, como filhos. Uma coisa é morrer com Cristo, ressurgir com ele, com ele assentar-se nos céus, e outra é viver com o Pai na comunhão do amor dos filhos. Esse é o dom realizado pelo Espírito Santo, um tempo chamado “a promessa do Pai”, cuja data estava fixada na história da humanidade: esse dom foi preanunciado pelos profetas, foi retomado por Cristo e realizado em Pentecostes.
A REVELAÇÃO DO AMOR DO PAI EM PENTECOSTES
Todos sabem que Cristo realizou o projeto divino mediante a carne, isto é, a morte, a ressurreição, a ascensão e o assentar-se à direita do Pai. Mas, em Pentecostes, o Pai realizou o próprio projeto mediante o Espírito Santo. Enquanto que o objetivo do Filho é a salvação mediante a remissão do pecado e do castigo consequente e o restabelecimento da relação entre Deus e o homem na base de uma reconciliação eterna, a vontade do Pai é que nós vivamos com ele no amor de filhos: esta vontade se realizou em Pentecostes como resultado da obra de Cristo.
Onde terminou a missão de salvação e de redenção do Filho, teve início a missão de amor e de adoção do Pai. Referente a isso afirma expressamente o Senhor: Nesse dia vocês pedirão em meu nome e não será necessário que eu os recomende ao Pai, pois o próprio Pai ama vocês, porque vocês me amaram e acreditaram que eu saí de junto de Deus (Jo 16, 26-27).
A afirmação de Cristo – O Pai vos ama e naquele dia – realizou-se definitivamente em Pentecostes, quando o Pai enviou o Espírito Santo, o seu Espírito, o Espírito do amor paterno, um tempo indicado como “a promessa do Pai”. Paulo o explica com estes termos: o amor do Pai foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5). Isso significa que a primeira impressão, na mente e no coração, neste grande dia de Pentecostes, deveria ser o afeto do Pai por nós, um sentimento de amor paterno e ardente derramado sobre a humanidade, que se seguiu à realização, por parte do Filho, de todas as condições exigidas para a redenção e a salvação.
Esta é a nossa porção de glória naquele grande dia; este é o tesouro de amor ao qual tiveram acesso os fiéis de todos os tempos, sem que jamais se esgotasse; este é o ardente amor do Pai que nos faz gritar incessantemente: Abbá, Pai!. De fato, o Espírito de Pentecostes é um Espírito de fogo que desce diretamente do Pai e dele comunica, através das chamas, a compaixão e o amoroso afeto mantidos ocultos da humanidade por milênios de anos.
Gostaria que tomássemos consciência da eficácia e da magnificência deste amor, porque o seu mistério é extremamente profundo. Demonstrou-se doador de vida e é semelhante a um fogo capaz de transformar a nossa natureza, assim como o fogo transforma o pó em ouro. Com o mesmo amor com o qual Deus amou seu Filho unigênito, Deus escolheu, neste “dia divino”, amar-nos e derramar sobre nós abertamente o seu Espírito. Assim, transformou-nos de servos em filhos e nos elevou da terra ao céu, pelos méritos de seu Filho que desceu à nossa terra e se imolou por amor de nós.
Postado por Cássio S Souza (Sacerdote) às 21:20:00
trad.: Pe. José Artulino Besen*
A nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. 1Jo 1,3
Pentecostes: A Promessa do Pai
A Ascensão do Senhor, já comentamos, quarenta dias após a ressurreição e o modo como ele completou a Redenção iniciada na Cruz. Quando, naquele dia, subiu e atravessou a barreira que nos separa do Pai e penetrou até o interior do véu do santuário como precursor, para nossa vantagem (cf. Hb 6,19-20), Cristo entrou com as mãos tingidas do próprio sangue e compareceu diante do Pai imolado na carne por causa de seu amor e de sua obediência. A ira de Deus pela transgressão do homem foi aplacada para sempre: o próprio Filho tornou-se oferta de expiação pela humanidade imperfeita. Daí deriva a expressão Jesus entrou por nós como precursor... Dando-nos assim uma redenção eterna (Hb 6,20; 9,12).
Por isso, através de sua ressurreição e ascensão à direita do Pai, Cristo completou o dom descido do céu, tornando perfeita a redenção e assegurando a salvação a todos que creem nele.
APÓS A REDENÇÃO
O que permanece após a redenção e a salvação é o nosso ingresso na comunhão com o Pai, o poder viver com ele no amor, como filhos. Uma coisa é morrer com Cristo, ressurgir com ele, com ele assentar-se nos céus, e outra é viver com o Pai na comunhão do amor dos filhos. Esse é o dom realizado pelo Espírito Santo, um tempo chamado “a promessa do Pai”, cuja data estava fixada na história da humanidade: esse dom foi preanunciado pelos profetas, foi retomado por Cristo e realizado em Pentecostes.
A REVELAÇÃO DO AMOR DO PAI EM PENTECOSTES
Todos sabem que Cristo realizou o projeto divino mediante a carne, isto é, a morte, a ressurreição, a ascensão e o assentar-se à direita do Pai. Mas, em Pentecostes, o Pai realizou o próprio projeto mediante o Espírito Santo. Enquanto que o objetivo do Filho é a salvação mediante a remissão do pecado e do castigo consequente e o restabelecimento da relação entre Deus e o homem na base de uma reconciliação eterna, a vontade do Pai é que nós vivamos com ele no amor de filhos: esta vontade se realizou em Pentecostes como resultado da obra de Cristo.
Onde terminou a missão de salvação e de redenção do Filho, teve início a missão de amor e de adoção do Pai. Referente a isso afirma expressamente o Senhor: Nesse dia vocês pedirão em meu nome e não será necessário que eu os recomende ao Pai, pois o próprio Pai ama vocês, porque vocês me amaram e acreditaram que eu saí de junto de Deus (Jo 16, 26-27).
A afirmação de Cristo – O Pai vos ama e naquele dia – realizou-se definitivamente em Pentecostes, quando o Pai enviou o Espírito Santo, o seu Espírito, o Espírito do amor paterno, um tempo indicado como “a promessa do Pai”. Paulo o explica com estes termos: o amor do Pai foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5). Isso significa que a primeira impressão, na mente e no coração, neste grande dia de Pentecostes, deveria ser o afeto do Pai por nós, um sentimento de amor paterno e ardente derramado sobre a humanidade, que se seguiu à realização, por parte do Filho, de todas as condições exigidas para a redenção e a salvação.
Esta é a nossa porção de glória naquele grande dia; este é o tesouro de amor ao qual tiveram acesso os fiéis de todos os tempos, sem que jamais se esgotasse; este é o ardente amor do Pai que nos faz gritar incessantemente: Abbá, Pai!. De fato, o Espírito de Pentecostes é um Espírito de fogo que desce diretamente do Pai e dele comunica, através das chamas, a compaixão e o amoroso afeto mantidos ocultos da humanidade por milênios de anos.
Gostaria que tomássemos consciência da eficácia e da magnificência deste amor, porque o seu mistério é extremamente profundo. Demonstrou-se doador de vida e é semelhante a um fogo capaz de transformar a nossa natureza, assim como o fogo transforma o pó em ouro. Com o mesmo amor com o qual Deus amou seu Filho unigênito, Deus escolheu, neste “dia divino”, amar-nos e derramar sobre nós abertamente o seu Espírito. Assim, transformou-nos de servos em filhos e nos elevou da terra ao céu, pelos méritos de seu Filho que desceu à nossa terra e se imolou por amor de nós.
Postado por Cássio S Souza (Sacerdote) às 21:20:00
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