segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Casa de Deus .

Estamos acostumados a chamar templos de alvenaria, ou de outros materiais, de casa de Deus. O rei Davi quis construir uma para essa finalidade, vista sua dor de consciência de ele mesmo ter uma casa boa para morar e não ter ainda feito uma para Deus. Mas o Senhor não aceitou o intento do rei por ele ter sido muito violento. Quis deixá-lo para seu sucessor, o filho Salomão (Cf. 2 Samuel 7,1-16).

Através de seu Filho Jesus o Pai quis fazer morada entre os humanos. Preferiu escolher morar na moça chamada Maria para, a seguir, fixar residência em todo ser humano. Deus prefere ser acolhido na vida de cada ser humano, criado a sua imagem e semelhança, como em Zaqueu, homem de baixa estatura. Ele subiu a uma árvore para ter a chance de ver Jesus passar cercado pela multidão. Jesus olhou para cima e anunciou-lhe que iria hospedar-se em sua casa. O pequeno homem, grande em desvio de conduta, tornou-se grande com a vida convertida para ser morada do amor de Deus em toda a sua vida!

Nesta preparação próxima para a celebração do Natal de Jesus, somos convidados a perceber o sentido da vida deixando-o habitar em nosso ser, em nossas famílias e em toda a convivência social. Não basta dizer-nos religiosos porque fazemos preces ou por termos sido batizados. É essencial vivermos como templos itinerantes do Senhor, levando-O na caminhada do dia a dia a todos os lugares. De repente Ele tem muito a nos direcionar para o aceitarmos melhor, através do cuidado com a natureza, a atenção aos mais desvalidos na família, na comunidade e nas interações humanas. Se deixarmos nosso templo ser emoldurado por Deus somos capazes de nos comprometer com uma qualidade de vida própria de quem imita o Deus-conosco. Ele vem dar de si para termos condição de vivermos dignamente. Há tantos irmãos nossos que não sabem por que vivem ou querem viver como gente e não têm possibilidades. Querem ter vez e condição de serem amados, tendo meios de sustentabilidade material e espiritual.

Quem não se deixa ser templo de Deus perde todo o seu tempo na vida, mesmo tendo tudo na ordem material, intelectual, bem estar sensível, todos os prazeres e posição social avantajada. Pode ter cargos sociais e políticos de relevância, mas vive no vazio de si. Não é capaz de desenvolver suas capacidades para produzir os frutos próprios de quem está com Deus e se compromete em realizar tudo de acordo com suas coordenadas!

Maria, uma vez dado seu sim a Deus, já como verdadeiro templo da criança em seu ventre, foi logo comunicar o fato à sua prima Izabel e prestar seus préstimos a ela, também próxima de dar à luz a João Batista. Uma vez aceitando que Deus more em nosso templo pessoal, não nos fechamos em nós mesmos. Vamos comunicar, como Maria, a presença de Jesus em nossa história, como verdadeiros missionários seus. Mais do que nunca precisamos realizar essa realidade. Então, o Natal acontece em nós. Não é só festa de um dia. Somos templos de Deus em toda a vida! O Natal é o cotidiano vivido com as coordenadas do Emanuel em nós.

Dom José Alberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros - MG

Maria inspira o nosso “sim” .!!!

Hoje celebramos o quarto e último domingo do Advento. A Palavra de Deus nos conduz a um dos personagens principais relacionados com o Natal, que é Maria de Nazaré. Ela se fez disponível para o plano de Deus, para a salvação da humanidade. É tempo de recordar os nossos “sins” dados ao Senhor durante nossas vidas e pedir para que continuemos fiéis, renovando a nossa adesão ao chamado do Senhor.

A oração de coleta deste domingo fornece e orienta a nossa oração: "Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição”. Esta, inclusive, é a oração de conclusão do “Angelus”, rezado às 6, 12 e 18 horas de cada dia.

O evangelho da Anunciação (cf. Lc. 1,26-38) nos leva diretamente para a casa onde o anjo Gabriel aparece a uma jovem e digna filha de Israel para revelar a vontade de Deus e pedir a sua cooperação no plano da redenção. Tudo vai partir do Sim integral que Maria disse a Deus, com tudo de si mesma e a sua beleza. O texto de Lucas fala-nos da Anunciação e, assim, já nos coloca dentro do clima de Natal.

Preparar-se para o Natal significa pedir emprestado a Nossa Senhora o que ela nos oferece como modelo de comportamento em relação ao Todo-Poderoso. Maria está diante de nós como um modelo da nossa fé, capaz de acolher todas as iniciativas de Deus.

Como para Maria, também para nós é possível responder ao chamado de Deus, que é o chamado à santidade. Uma chamada que começa exatamente neste evento da Anunciação, quando o sim de Maria abre a iniciativa de Deus de encarnar-se na história da humanidade através da ação do Espírito Santo. Podemos, dignamente, preparar o Natal, e ainda há tempo para fazê-lo se assumirmos uma atitude de serviço humilde a Deus, dizendo também o nosso “sim”.

É necessário preparar-se para o Natal de um modo digno do Senhor, como nos recorda a primeira leitura deste domingo (cf. 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16), apresentando-nos a figura do rei Davi. Deus quer construir em nós a Sua casa. O Natal é preparar um lar adequado para que nele possa habitar o Salvador. E nós sabemos que no lugar em que Ele está, a casa é estável e duradoura, resiste a qualquer impacto da tempestade e da violência e não tem medo de nenhum ataque de qualquer gênero.

Na segunda leitura de hoje (cf. Rm 16,25-27), encontramos o significado teológico da nossa expectativa e esperança no Senhor. São Paulo escreve com grande simplicidade, mas também com profundidade, maravilhosas palavras para indicar um caminho de vida espiritual e moral para percorrer, a fim de que possamos conhecer a manifestação do mistério no encontro com Cristo.

A liturgia deste domingo, situado dentro da semana de preparação próxima para o Natal, nos ajuda a celebrá-lo da melhor maneira, como rezamos num dos prefácios do Advento, e fixar o olhar em Cristo inspirados em Maria: "Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por São João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu natal, para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus louvores”.

Preparemo-nos cristãmente para o Natal! Busquemos contemplar a simplicidade do presépio! Voltemos agora o olhar para Maria e José, que esperam o nascimento de Jesus, e aprendamos deles o segredo do recolhimento para saborear a alegria do Natal.

Preparemo-nos para acolher, com fé, o Redentor que vem para estar conosco, Palavra de amor de Deus para a humanidade de todos os tempos.

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ

Famílias preparam o Natal .!!!!

Uma das músicas indicadas para os grupos de família no tempo do Advento diz que “Famílias se unem na casa do irmão, é o povo de Deus em profunda oração”. Depois lembra que o “natal vem chegando, vamos acolher a paz que o menino Jesus vem trazer”.

A última semana do Advento nos convida a acompanhar os passos de Maria e José em busca do lugar ideal para o nascimento do Menino Jesus. A caminhada teve início com o “sim” que Maria deu ao anjo Gabriel para ser a mãe do Messias. Passou pela adesão de José ao plano de Deus e contou com a parceria de Isabel e Zacarias, os pais de João Batista. As duas famílias se uniram em oração e contemplação no momento em que Maria partiu para a região montanhosa da Judéia, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Foi aí que Maria entoou o Cântico Evangélico que rezamos nos nossos grupos de família em preparação ao Natal: “A minha alma engrandece o Senhor e exulta o meu espírito em Deus, meu Salvador”.

Preparar o Natal em família é uma forma de resgatar o sentido original desta festa, quando se comemora o nascimento do menino Jesus na Sagrada Família de Nazaré. É também fazer eco à campanha que a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa da região está veiculando durante este período, afirmando que “acima de tudo Natal é Cristo”.

Ao longo dos anos, a festa do Natal foi associada a presentes. A idéia original é que o menino Jesus é o grande presente que Deus deu para a humanidade. Em retribuição, as pessoas foram trazendo presentes para o Menino Jesus, a exemplo dos sábios do Oriente que ofereceram ouro, incenso e mirra. Para que as crianças pudessem participar da alegria do Natal, introduziu-se o costume de dar presentes para elas. Hoje, para muitas pessoas, o Natal infelizmente se resume a presentes. Ele deixou de ser a festa cristã da encarnação do Filho de Deus e se transformou na festa pagã do consumismo.

Fazemos votos de que a última semana que antecede o Natal seja aproveitada para preparar os nossos corações e as nossas mentes para acolher o Menino Deus em nossas famílias. Que seja a oportunidade de as famílias se visitarem e, se for preciso, se reconciliarem, para juntos podermos celebrar a alegria do nascimento de Cristo na noite do dia 24 de dezembro. Que o Natal deste ano sirva para unir as nossas famílias e aproxima-las das famílias de Jesus e de João Batista. Que Deus nos abençoe!

Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul - RS

Natal: por que 25 de dezembro? .

Se procurarmos no Evangelho indicação sobre o dia do nascimento de Jesus, nada encontraremos. Na visão dos apóstolos e evangelistas, não se tratava de um fato digno de registro; no centro de sua pregação estava a ressurreição do Senhor. A preocupação que tinham, ao falar dele a quem não o conhecia, era clara: apresentar uma pessoa viva, não alguém do passado. É o que notamos, por exemplo, nos dez discursos querigmáticos (querigma: primeiro anúncio; apresentação das verdades centrais do cristianismo) que encontramos nos Atos dos Apóstolos. A idéia fundamental desses discursos é a mesma: “A este Jesus, Deus o ressuscitou; disso todos nós somos testemunhas” (At 2,32).

Voltemos ao Natal. No tempo do Papa Júlio I, que dirigiu a Igreja do ano 337 a 352, é que foi introduzida essa solenidade no calendário da Igreja. Até então celebrava-se apenas a festa da Epifania – isto é, a manifestação do Senhor aos povos pagãos, representados pelos magos do Oriente. Ficava assim claro que Jesus era o Salvador de todos os povos, e não apenas de um só povo. Por que, então, 25 de dezembro como data do Natal?

O Império Romano havia decidido que todos os povos deveriam comemorar a festa do “sol invicto”, o renascimento do sol invencível. Era invencível uma vez que caía (morria) de noite e renascia a cada manhã, eternamente. Esse renascimento diário era celebrado no dia 25 de dezembro. O sol era também símbolo da verdade e da justiça, igualmente consideradas invencíveis uma vez que, por mais que muitos tentassem destruí-las, sempre renasciam vitoriosas. O sol, considerado um deus, era uma luz poderosa, que iluminava o mundo inteiro. Igualmente a verdade e a justiça eram luzes poderosas para todos os povos.

Em vez de simplesmente combater essa festa pagã, os cristãos passaram a apresentar Jesus Cristo, nascido em Belém, como o verdadeiro sol, já que nos veio trazer a verdade e a justiça. Também ele passou pela morte, mas dela ressurgiu, mostrando que era invencível. Seu nascimento – isto é, seu natal –, já que não se sabia em que dia havia ocorrido, passou a ser celebrado no dia do sol invicto.

A tradição – louvável tradição! – dos presépios é posterior: na noite de Natal de 1223, em Greccio – Itália, S. Francisco de Assis fez o primeiro presépio. Ele maravilha-se que Jesus, o Filho de Deus, havia-se encarnado para que pudéssemos conhecer o rosto de Deus. Com Jesus, passamos a ter em nosso meio um Deus que “trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado” (GS, 22). Como não representar, então, seu nascimento, ocorrido numa gruta de Belém? Ao longo dos tempos e dos lugares, cada povo foi deixando suas próprias marcas nos presépios. Os presépios que vemos pela cidade de Salvador (que seja, um dia, a cidade “do” Salvador!), em parte fruto da iniciativa do projeto: “Salvador, cidade natal do Brasil”, é uma prova disso. Por sinal, não deixa de ser significativo que tal iniciativa tenha tido tanta acolhida na cidade que se identifica com o nome de Jesus. Afinal, o anúncio dos anjos em Belém, foi claro: “Eu vos anuncio uma grande alegria...: nasceu para vós o Salvador!” (Lc 2,10).

O nascimento de Jesus é o fato central da história da humanidade; tanto assim que contamos os anos a partir desse acontecimento. Na proximidade do Natal, caminhemos ao encontro do Menino que nos é dado, para contemplá-lo e lhe dizer: “Vimos te adorar, Menino Jesus. Estamos maravilhados diante da grandeza e da simplicidade do teu amor! Tu agora estás conosco para sempre! Tu, pobre, frágil, pequeno... para nós, para mim! Em ti resplende a divindade e a paz. Tu nos ofereces a vida da graça. Teu sorriso volta-se para os pequenos, pobres e simples. Por isso, depositamos a teus pés nossas orações, nossa vida e tudo o que somos e temos. Olha com especial carinho, contudo, para todos aqueles que não te conhecem e, por não te conhecerem, não te amam. Amém!”

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Seg, 19 de Dezembro de 2011 10:25 / Atualizado - Seg, 19 de Dezembro de 2011 14:15
por: cnbb .Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

FESTAS DO MES DE DEZEMBRO!!!

MEUS IRMÃOS INICIAMOS O MES CELEBRANDO A FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇAO PADROEIRA DE ARACAJU-SE E DE SALVADOR-BABELISSIMA FESTA CUJA A CELEBRAÇAO PRINCIPAL FOI CELEBRADA PELO NOVO DIRIGENTE GABRIEL. NO DIA 12 DE DEZEMBRO AS 5:HORAS CELEBRAMOS A FESTIVIDADE DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE PADROEIRA DA AMERICA LATINA E DO GRUPO FILHOS DE GUADALUPE EM SALVADOR-BA,A CELEBRAÇAO FOI PRESIDIDA PELO DIR.MATHEUS EM SEGUIDA A PROCISSAO AMANHA 12 DE DEZEMBRO AS 5:DA MANHÃ CELEBRAREMOS A FESTA DE SANTA LUZIA, A CELEBRAÇAO SERA PRESIDIDA PELO DIR.MATHEUS!!!AS DEMAIS FESTAS SERÃO DIVULGADAS EM POUCOS DIAS.


DIR.MATHEUS PINTO

TERCEIRA TARDE DE LOUVOR COM A MÃE PURÍSSIMA!

"Nós amamos porque primeiro Deus nos amou!" (1Jo 4, 19) Abrimos o mês da Bíblia com a Terceira Tarde de Louvor com a Mãe Puríss...